sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Novas opções terapêuticas a partir de células-tronco para epidermólise bolhosa


Fragilidade da pele e mucosas, formação de bolhas, além de lesões no couro cabeludo e dentárias. Esses são alguns dos sintomas da doença de caráter hereditário conhecida como epidermólise bolhosa, que acomete cerca de um em cada 50 mil nascidos vivos e não apenas é severa como compromete totalmente a qualidade de vida do paciente.

A doença é provocada por alterações nos genes responsáveis pela produção de proteínas estruturais da pele, como a queratina e colágeno. O resultado dessa mutação é uma epiderme extremamente frágil que não resiste a fricções mínimas, provando a formação de bolhas por todo corpo.

Clinicamente, a epidermólise bolhosa é classificada em três subtipos: simples, distrófica e juncional. Na forma simples, o paciente apresenta bolhas que tendem a melhorar com o tempo e sua cicatrização pode não deixar danos permanentes. A epidermólise distrófica pode resultar em alteração permanente da pele, uma vez que as bolhas dispõem-se por todo corpo e podem ocorrer junções dos dedos e contração das mãos, reduzindo a movimentação destes pacientes. A forma juncional é considerada a mais grave, pois atinge estruturas importantes do sistema digestivo, impedindo a deglutição e digestão de alimentos.

Os tratamentos atuais para essa patologia são terapias de suporte, objetivando a melhoria do quadro geral do paciente, e não a cura da doença. Nesse sentido, pesquisadores da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, têm focado suas pesquisas nas células-tronco encontradas no sangue do cordão umbilical.

A pesquisa, liderada pelo Dr. John Wagner, atualmente está recrutando pacientes para realização de transplantes de células-tronco obtidas do sangue do cordão umbilical. Os cientistas acreditam que o transplante das células, associado à quimioterapia, poderá dar novas esperanças de cura aos pacientes portadores da epidermólise.

Certamente, as pesquisas científicas envolvendo células-tronco avançam no sentido de promover novas opções terapêuticas e qualidade de vida a pacientes portadores de doenças associadas com alta morbidade e letalidade.

Por:Bruno Verbeno Coordenador Clínico Científico do Criobanco
Biólogo formado pela Universidade Federal do Espírito Santo, especialista em cultura celular e mestre em ciências médicas pelo departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP).

Alunos:Ana Flavia Monteiro e Guilherme Dias Lopes

Fonte: http://blog.criobanco.com.br/2011/09/novas-opcoes-terapeuticas-a-partir-de-celulas-tronco-para-epidermolise-bolhosa/


Um comentário:

  1. As epidermólises bolhosas são classificadas em três grandes tipos, de acordo com o nível da derme em que ocorre a formação das bolhas. Na epidermólise bolhosa simples (ESB) as lesões são resultado da intensa degeneração das células basais da epiderme por alteração da queratina, Na epidermólise bolhosa juncional(EBJ) a clivagem é na junção dermopidérmica, na lâmina lúcida da zona da membrana basal (ZMB).A epidermólise bolhosa distrófica(EBD) a clivagem é dermoepidermica com defeito na estrutura do colágeno VII e liberação celular do colágeno sintetizado
    Allan Ricardo Divardin

    ResponderExcluir