Como controlar o processo
de diferenciação das células -tronco
As células-tronco, capazes
de originar diferentes tecidos do organismo, conquistaram o interesse dos
cientistas e da população por representarem uma promessa de tratamento
para problemas de saúde ainda sem uma terapia satisfatória. Testes conduzidos
em diferentes países nos últimos anos confirmam a versatilidade dessas células
– em especial, das células-tronco embrionárias (CTEs), extraídas do embrião
dias após sua formação – e contribuem para o surgimento de uma onda de otimismo
que, por ora, ainda parece exagerado.
Quanto mais se estudam essas células, mais se descobre que ainda
há muito a avançar antes de usá-las em novas terapias. “Teria receio de injetar
células-tronco embrionárias em meu corpo e mais receio ainda de usar as
células-tronco de pluripotência induzida (iPS), sobre as quais pairam muitas
questões sem resposta”, diz Joshua Brickman, do Centro de Medicina Regenerativa
da Universidade de Edimburgo, na Escócia. “Temos de continuar os estudos”,
afirma ele. Brickman esteve no Brasil em março cuidando dos acertos da quarta
edição do curso “Embryonic stem cells as a model system for embryonic
development”, que deverá ocorrer em 2013 no Centro de Estudos do Genoma Humano
da USP.
Com uma parte teórica e outra prática, o curso reúne as maiores
autoridades do mundo no estudo de células-tronco com pesquisadores em início de
carreira durante três semanas. Brickman e Jennifer Nichols, pesquisadora do
Centro de Estudos sobre Células-tronco da Universidade Cambridge, Inglaterra, o
desenvolveram sete anos atrás para treinar jovens pesquisadores da América
Latina. Itinerante em suas primeiras edições, o curso já foi ministrado no
Chile, no México e no Brasil. Agora Brickman e Jennifer pretendem estabelecer
uma base permanente em um desses países.
Na
fonte estão os principais trechos da
entrevista em que falaram à Pesquisa
FAPESP sobre o curso e sobre as questões em aberto a respeito do
funcionamento das CTEs.

CTEs humanas: mais
difíceis de manipular do que as células de camundongos.
Fonte: http://revistapesquisa.fapesp.br/2012/04/10/o-enigma-da-pluripot%C3%AAncia/
- Melyssa Gutierrez Kapp
Nenhum comentário:
Postar um comentário