sábado, 31 de março de 2012

Aspirina pode reduzir risco de câncer e metástase, sugerem estudos


Tomar uma dose baixa de aspirina diariamente pode prevenir e possivelmente até ajudar a tratar alguns tipos de câncer, segundo novos estudos recém-publicados pela revista científica The Lancet.
Muitas pessoas já tomam doses diárias de aspirina para prevenir problemas cardíacos.
Mas os especialistas advertem que ainda não há provas suficientes para recomendar o consumo diário de aspirina para prevenir câncer e advertem que a droga pode provocar efeitos colaterais perigosos, como sangramentos estomacais.
Peter Rothwell, da Universidade de Oxford, e sua equipe, já haviam relacionado anteriormente a aspirina a um risco menor de câncer, particularmente de intestino. Mas seu trabalho anterior sugeria que as pessoas precisavam tomar a droga por mais de dez anos para ter alguma proteção.
Agora os mesmos especialistas acreditam que o efeito de proteção pode ocorrer em muito menos tempo - de três a cinco anos -, baseados em uma nova análise de dados de 51 estudos envolvendo mais de 77 mil pacientes.
Metástase
A aspirina parece não somente reduzir o risco de desenvolver muitos tipos diferentes de câncer, mas também impede a doença de se espalhar pelo corpo.
Os exames tinham como objetivo comparar os pacientes que tomavam aspirina para prevenir doenças cardíacas com aqueles que não tomavam.
Mas quando Rothwell e sua equipe viram como muitos dos participantes desenvolveram e morreram de câncer, verificaram que também poderia haver uma relação entre o consumo da aspirina e a doença.
Segundo o estudo, o consumo de uma dose baixa (75 a 300 mg) de aspirina parecia reduzir o número total de cânceres em cerca de um quarto em um período de três anos - houve nove casos de câncer a cada mil pacientes ao ano no grupo que consumia aspirina, comparado com 12 por mil entre os que consumiam placebo.
A droga também reduziu o risco de morte por câncer em 15% num período de cinco anos (e em menos tempo se a dose fosse maior que 300 mg).
Se os pacientes consumiam aspirina por mais tempo, as mortes relacionadas a câncer caíam ainda mais - 37% após cinco anos.
Doses baixas de aspirina também pareciam reduzir a probabilidade de o câncer, principalmente no intestino, se espalhar para outras partes do corpo (metástase), em até 50% em alguns casos.
Em números absolutos, isso poderia significar que a cada cinco pacientes tratados com aspirina, uma metástase de câncer poderia ser prevenida, segundo os pesquisadores.
Sangramentos
A aspirina já vem sendo usada há tempos como prevenção contra o risco de ataques e derrames, mas ela também aumenta o risco de sangramentos graves.
Porém o aumento do risco de sangramento somente é verificado nos primeiros anos de tratamento com a aspirina e cairia depois.
Críticos apontam que algumas das doses analisadas no estudo eram muito maiores que a dose típica de 75 mg dada para pacientes com riscos de problemas cardíacos. Outros estudos grandes sobre o consumo de aspirina realizados nos Estados Unidos não foram incluídos na análise.
Rothwell admite as lacunas ainda deixadas pelo estudo e diz que para a maioria das pessoas saudáveis, as coisas mais importantes para reduzir o risco de câncer ao longo da vida é não fumar, se exercitar e ter uma dieta saudável.
Mas ele afirma que a aspirina parece reduzir o risco ainda mais - apenas em uma pequena porcentagem quando não há nenhum outro fator de risco, mas consideravelmente quando o paciente tem um histórico familiar de cânceres como o colorretal.
Os especialistas advertem, porém, que as pessoas devem discutir suas opções com seus médicos antes de tomar qualquer remédio.

Postagem: Dayane de Almeida

12 comentários:

  1. Gostaria que você relacionasse melhor esse artigo com a área de Biologia Celular.

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    1. O uso de aspirina contra o câncer pode ser relacionado a biologia celular devido ao fato do câncer ser a divisão descontrolado de células defeituosas. E a biologia celular trata de vários assuntos relacionados a célula como a divisão celular...

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  2. Por que não há comentários a respeito dessa matéria?

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  3. É interessante ver como remédios q são tão comuns a população podem d alguma forma serem utilizados na prevenção d doenças serias como é o caso do câncer. Mas é claro q não basta sair por ai tomando aspirina, nesse caso, q você vai estar livre do câncer. Tanto é q o uso sem orientação medica pode causar hemorragias. Vale apena reforçar que para ter um efeito na prevenção deveria se fazer uso durante anos desse medicamento.

    dayane de almeida

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  4. Aguardo a participação dos demais alunos??

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  5. Penso que esse método usado por eles não resolva muita coisa, pois do que adianta reduzir o risco do câncer, se várias outras partes do corpo serão prejudicadas, pois nos primeiros periodos de uso de uma certa forma farão mal à saúde causando hemorragias para depois então começarem os efeitos esperados, pois certamente o público que irá "consumi- lo" seram na grande maioria pessoas de mais idade que já se auto medicam, sem ao menos consultarem um especialista. E claro não deixando de fora pessoas jovens que também já possuem precocemente uma doença cardíaca.

    Mara Regina da Silva

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  6. A aspirina é usada para prevenção de doença cardíaca e também, em pesquisa ainda em andamento, para o tratamento da endometriose, portanto, é uma droga interessante no tratamento/cura de algumas doenças. Entretanto, obviamente, são necessários mais estudos e análises do custo e benefício de seu uso.

    Aguardo outros comentários.

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  7. Os resultados das pesquisas são promissores, mas precisam ser aprofundado por outros estudos. Muito interessante seria a aplicação do mesmo, descobrir que um comprimido vendido sem receita em qualquer farmácia por cerca de R$ 0,35 ajudaria a prevenir o câncer.

    Ana Paolla Protachevicz

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  8. Há estudos apontando como a aspirina atuaria prevenindo/tratando o câncer?

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    1. Estudos feitos por cientistas na Universidade de Dundee, na Escocia, descobriram o mecanismo pelo qual a substancia atua no corpo humano e produz esse efeito de prevenção do câncer.
      Em nosso organismo a aspirina é quebrada em salicilato. Os cientistas descobriram que quando uma grande quantidade dessa substancia atinge nossas células, ele ativa a emzima AMPK. Essa enzima controla os níveis de energia da célula. Quando ativada ela para os processos que consomem energia e da inicio aos processos que a produzem. Regulando uma serie de ações, comoo crescimento celular e o metabolismo.
      Os cientistas testaram a droga em ratos que não tinham essa enzima e viram que a maioria de seus efeitos benéficos desapareceu.

      http://veja.abril.com.br/noticia/saude/pesquisa-decifra-como-aspirina-pode-combater-o-cancer

      Dayane de Almeida

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