segunda-feira, 12 de março de 2012



A cura questionada


   Célula-tronco é o nome dado a células que possuem um alto poder de divisão, podendo assim se multiplicar com facilidade e rapidez. Todavia o método de extração das células é muito discutido quanto à sua ética, uma vez que são necessários embriões com poucos dias de idade para a sua obtenção.
   
   A variedade de células que uma célula-tronco pode formar é o que a torna única. Vários tipos de doenças e traumas causam a perda de partes de tecidos no corpo humano, que às vezes são irrecuperáveis. Essa capacidade que as células possuem de se diferenciar em vários tipos de outras maduras possibilita o seu uso para a regeneração de tecidos e, consequentemente, órgãos danificados.
  
   As células-tronco são divididas em dois grupos: embrionárias e adultas. As células embrionárias, além da alta capacidade reprodutiva, são pluripotentes ou totipotentes, ou seja, têm a capacidade de se transformarem em outros tipos de células que compõe os tecidos humanos.  As adultas, por outro lado, apesar de serem capazes de se dividir rapidamente, têm a sua capacidade de diferenciação limitada, o que torna as embrionárias o tipo ideal para as pesquisas.
   
   As células adultas podem ser encontradas em qualquer ser humano, na medula óssea, na placenta, no líquido amniótico, no cordão umbilical, no fígado e no sangue. Já as células embrionárias, como o nome sugere, são encontradas e extraídas de embriões com apenas alguns dias de idade. Daí o dilema: mesmo com o consentimento dos pais, a extração de um embrião para fins medicinais poderia ou não ser considerada assassinato?
   
  No Brasil, o uso de células-tronco embrionárias, para fins de pesquisa, é permitido, contanto que as células venham de um embrião inviável ou congelado por mais de três anos. Os Estados Unidos proíbem a utilização de verbas governamentais para essas pesquisas, mas alguns estados, como a Califórnia, as permitem e patrocinam. Alguns países, como a Itália, proíbem totalmente, qualquer tipo de pesquisa relacionada à área, e outros, como o Japão, liberam totalmente essa prática. 


Fonte: www.colegiostockler-blog.com
Postagem: Fernanda Silva

11 comentários:

  1. Não consegui visualizar a figura.
    Há limitações, além das éticas, para o uso das células-tronco?

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  2. Há questões bioéticas sobre o status do embrião humano, ou seja, a partir de que momento no seu desenvolvimento o embrião pode ser considerado moralmente uma pessoa. As teorias são questionadas conforme julgamento moral, religioso, biológico ou legal e desse julgamento é declarada a recusa ou aceitação das pesquisas com as células-tronco embrionárias. Setores religiosos e grupos antiaborto também trazem implicações defendendo que a vida é inviolável desde a concepção. E ainda existem limitações jurídicas, sendo na liberação de verbas públicas, na fiscalização das atividades e autorizações a respeito das pesquisas.

    Fernanda Silva

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  3. Há limitações de ordem biológica (clínica) para o uso das células-tronco?

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  4. As limitações no transplante de medula óssea são os custos do procedimento e a baixa disponibilidade de doadores compatíveis. No Brasil são feitos anualmente cerca de 2,5 transplantes de medula por milhão de habitantes contra uma média de 7 a 10 nos países desenvolvidos. Uma alternativa para aumentar a disponibilidade de doadores, e reduzir o custo do transplante, é o uso de sangue de cordão umbilical, rico em células-tronco e que pode ser usado para reconstituição hematopoética.
    A busca de células compatíveis de medula óssea com auxílio dos bancos internacionais é de U$ 40.000,00 por paciente, e o sistema público de saúde deve gastar U$ 2 milhões por ano apenas nesse tipo de busca, considerando-se a meta de 50 transplantes/ano autorizados nessas condições. Isso, obviamente, não inclui o custo do transplante. Complicações derivadas da menor identidade genética entre doador e receptor aumentam o risco de complicações e o custo final do procedimento.
    O desafio brasileiro é estabelecer um banco público de sangue de cordão umbilical. A meta definida pelo projeto Brasil Cord, de 1999, previa a coleta de 12.000 unidades desse material em 3 anos (com o que estaria coberta diversidade genética da população brasileira) em 4 a 8 centros de processamento no país. Com a implantação desse projeto além da vantagem econômica, existirá a garantia da disponibilidade das células tronco e a abertura para a pesquisa de outros usos terapêuticos de células tronco hematopoiética derivadas do cordão.

    Ana Caroline Mendes de Arruda.

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  5. Comentário pertinente! Aguardo outros comentários??

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  6. O título da matéria é a "A Cura questionada". Discutam o título.

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  7. O título deve-se a todas as implicações existentes na utilização das células-tronco. As células mais utilizadas em pesquisas são as adultas por serem de mais fácil acesso (inclusive podendo ser extraídas do cordão umbilical), porém, as células-tronco adultas têm resultados limitados com relação às células-tronco embrionárias, que podem dar origem a qualquer um dos 216 tipos de tecidos que formam o corpo humano.
    As células-tronco podem dar origem a tecidos muscular, nervoso, sanguíneo, cartilaginoso e ósseo e podem ser importantes para o tratamento de doenças como leucemias, diabetes, distrofia muscular, doenças neurodegenerativas, como mal de Parkinson, cirroses hepáticas, hepatite, e acidentes com complicação da medula espinhal, porém, não são todas as doenças que possuem tratamento resultante em curto prazo.
    Sobre a diferenciação em órgãos ainda tem poucas pesquisas e que estão em fase inicial. No contexto das pesquisas, o Brasil possui alguns centros de excelência, mas o número de cientistas que dominam a técnica e são capazes de fazer o que se faz nos países desenvolvidos ainda são insuficientes.
    As pesquisas com células-tronco embrionárias são mais avançadas na Inglaterra, Austrália e Israel, onde a lei permite esse tipo de pesquisa há muito tempo. Nesses países existe um ambiente mais favorável como recursos para as pesquisas e cientistas de ponta.


    Fernanda Carolina da Silva

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  8. Fonte: http://www.nominuto.com/noticias/cidades/20-perguntas-sobre-celulas-tronco/16567/

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