A cura questionada
Célula-tronco é o nome dado a células
que possuem um alto poder de divisão, podendo assim se multiplicar com
facilidade e rapidez. Todavia o método de extração das células é muito
discutido quanto à sua ética, uma vez que são necessários embriões com poucos
dias de idade para a sua obtenção.
A variedade de células que uma célula-tronco pode formar é o que a torna única. Vários tipos de doenças e traumas causam a perda de partes de tecidos no corpo humano, que às vezes são irrecuperáveis. Essa capacidade que as células possuem de se diferenciar em vários tipos de outras maduras possibilita o seu uso para a regeneração de tecidos e, consequentemente, órgãos danificados.
As células-tronco são divididas em dois grupos: embrionárias e adultas. As células embrionárias, além da alta capacidade reprodutiva, são pluripotentes ou totipotentes, ou seja, têm a capacidade de se transformarem em outros tipos de células que compõe os tecidos humanos. As adultas, por outro lado, apesar de serem capazes de se dividir rapidamente, têm a sua capacidade de diferenciação limitada, o que torna as embrionárias o tipo ideal para as pesquisas.
As células adultas podem ser encontradas em qualquer ser humano, na medula óssea, na placenta, no líquido amniótico, no cordão umbilical, no fígado e no sangue. Já as células embrionárias, como o nome sugere, são encontradas e extraídas de embriões com apenas alguns dias de idade. Daí o dilema: mesmo com o consentimento dos pais, a extração de um embrião para fins medicinais poderia ou não ser considerada assassinato?
No Brasil, o uso de células-tronco embrionárias, para fins de pesquisa, é permitido, contanto que as células venham de um embrião inviável ou congelado por mais de três anos. Os Estados Unidos proíbem a utilização de verbas governamentais para essas pesquisas, mas alguns estados, como a Califórnia, as permitem e patrocinam. Alguns países, como a Itália, proíbem totalmente, qualquer tipo de pesquisa relacionada à área, e outros, como o Japão, liberam totalmente essa prática.
Fonte: www.colegiostockler-blog.com
Postagem: Fernanda Silva
Não consegui visualizar a figura.
ResponderExcluirHá limitações, além das éticas, para o uso das células-tronco?
Há questões bioéticas sobre o status do embrião humano, ou seja, a partir de que momento no seu desenvolvimento o embrião pode ser considerado moralmente uma pessoa. As teorias são questionadas conforme julgamento moral, religioso, biológico ou legal e desse julgamento é declarada a recusa ou aceitação das pesquisas com as células-tronco embrionárias. Setores religiosos e grupos antiaborto também trazem implicações defendendo que a vida é inviolável desde a concepção. E ainda existem limitações jurídicas, sendo na liberação de verbas públicas, na fiscalização das atividades e autorizações a respeito das pesquisas.
ResponderExcluirFernanda Silva
Há limitações de ordem biológica (clínica) para o uso das células-tronco?
ResponderExcluirEstou aguardando a sua resposta?
ResponderExcluirAs limitações no transplante de medula óssea são os custos do procedimento e a baixa disponibilidade de doadores compatíveis. No Brasil são feitos anualmente cerca de 2,5 transplantes de medula por milhão de habitantes contra uma média de 7 a 10 nos países desenvolvidos. Uma alternativa para aumentar a disponibilidade de doadores, e reduzir o custo do transplante, é o uso de sangue de cordão umbilical, rico em células-tronco e que pode ser usado para reconstituição hematopoética.
ResponderExcluirA busca de células compatíveis de medula óssea com auxílio dos bancos internacionais é de U$ 40.000,00 por paciente, e o sistema público de saúde deve gastar U$ 2 milhões por ano apenas nesse tipo de busca, considerando-se a meta de 50 transplantes/ano autorizados nessas condições. Isso, obviamente, não inclui o custo do transplante. Complicações derivadas da menor identidade genética entre doador e receptor aumentam o risco de complicações e o custo final do procedimento.
O desafio brasileiro é estabelecer um banco público de sangue de cordão umbilical. A meta definida pelo projeto Brasil Cord, de 1999, previa a coleta de 12.000 unidades desse material em 3 anos (com o que estaria coberta diversidade genética da população brasileira) em 4 a 8 centros de processamento no país. Com a implantação desse projeto além da vantagem econômica, existirá a garantia da disponibilidade das células tronco e a abertura para a pesquisa de outros usos terapêuticos de células tronco hematopoiética derivadas do cordão.
Ana Caroline Mendes de Arruda.
Comentário pertinente! Aguardo outros comentários??
ResponderExcluirAguardo outros comentários.
ResponderExcluirContinuo aguardando...
ResponderExcluirO título da matéria é a "A Cura questionada". Discutam o título.
ResponderExcluirO título deve-se a todas as implicações existentes na utilização das células-tronco. As células mais utilizadas em pesquisas são as adultas por serem de mais fácil acesso (inclusive podendo ser extraídas do cordão umbilical), porém, as células-tronco adultas têm resultados limitados com relação às células-tronco embrionárias, que podem dar origem a qualquer um dos 216 tipos de tecidos que formam o corpo humano.
ResponderExcluirAs células-tronco podem dar origem a tecidos muscular, nervoso, sanguíneo, cartilaginoso e ósseo e podem ser importantes para o tratamento de doenças como leucemias, diabetes, distrofia muscular, doenças neurodegenerativas, como mal de Parkinson, cirroses hepáticas, hepatite, e acidentes com complicação da medula espinhal, porém, não são todas as doenças que possuem tratamento resultante em curto prazo.
Sobre a diferenciação em órgãos ainda tem poucas pesquisas e que estão em fase inicial. No contexto das pesquisas, o Brasil possui alguns centros de excelência, mas o número de cientistas que dominam a técnica e são capazes de fazer o que se faz nos países desenvolvidos ainda são insuficientes.
As pesquisas com células-tronco embrionárias são mais avançadas na Inglaterra, Austrália e Israel, onde a lei permite esse tipo de pesquisa há muito tempo. Nesses países existe um ambiente mais favorável como recursos para as pesquisas e cientistas de ponta.
Fernanda Carolina da Silva
Fonte: http://www.nominuto.com/noticias/cidades/20-perguntas-sobre-celulas-tronco/16567/
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