quinta-feira, 8 de março de 2012

Possível pílula contra o câncer


O professor de patologia molecular do Instituto de Pesquisas sobre o Câncer em Londres, Jorge Reis-Filho, e seu parceiro Alan Ashworth, professor de Biologia Molecular, afirmam uma possível descoberta de uma pílula que combate o câncer de forma mais efetivas do que os atuais medicamentos, pois ela ataca somente as células doentes e não tem os graves efeitos colaterais da quimioterapia, como náusea, vômitos, perda de apetite, febre, queda de cabelo, feridas na boca, fraqueza, cansaço ou fadiga, inflamação nas veias (flebite) e sangramento. 

Chamado por enquanto de inibidor da enzima PARP, como seu nome já diz, o medicamento evita a ação dessa substância, que tem como função identificar quebras no DNA, atraindo proteínas especializadas para o local. Descobriu-se que células cancerígenas cultivadas em laboratórios com BRCA1 e BRCA2 (genes ligados à células cancerígenas) deficientes foram ”inesperada e profundamente” sensíveis ao bloqueio da PARP. Se a PARP for inibida, as células se tornam tão danificadas em termos cromossômicos que ficam instáveis e, eventualmente, autodestrutivas, um processo conhecido como apoptose. 

Reis-Filhos afirma que essa droga possa ser usada como medicamento padrão para alguns tipos de câncer de mama e para câncer do endométrio (membrana que reveste o útero).
Para o câncer de endométrio,a droga deverá chegar às farmácias nos próximos cinco anos.










Fontes: Revista Galileu Edição 235-fevereiro 2011
              www.abrale.org.br
              noticias.terra.com.br/ciencia
              Imagem: www.materiaincognita.com.br

Postagem: Felipe Faix

8 comentários:

  1. Há necessidade de mais informações sobre a possível pílula contra o câncer? Explicitar melhor como ela atuaria? Há outros tipos de medicamentos com potencial anticancerígeno? Fazer um breve levantamento? Enfatizar sempre o papel dessas drogas em nível celular.

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    1. todas nossas células estão sujeitas a ter rupturas nas suas cadeias de DNA em sua forma matura.Em células diferenciadas,que dificilmente se dividem,a ruptura na cadeia de DNA não altera seu funcionamento.Mas no caso das células que a taxa de divisão é alta,isso afetaria seu funcionamento,pois ela teria deficiência de transmitir seus genes para as células filhas,ocasionando em sua morte.É ai que entra a função da enzima PARP,ela reconstitui a molécula danificada.Em células cancerígenas essas quebras da molécula são comuns.Sem a ação da PARP,elas não se reproduzem e consequentemente morrem.Agora como o medicamento inibe a PARP,eu não encontrei informações.
      sobre os medicamentos anticancerígenos,são os quais são utilizados em quimioterapias atualmente,contendo seus efeitos colaterais citados no texto.

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  2. OK. Fica mais fácil agora entender o seu texto. Continue a sua pesquisa.

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  3. Possivelmente,esses inibibores da enzima PARP têm efeitos colaterais sérios porque afetam também as células-tronco? Ou não?

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    1. Não se há muitas atualizações sobre o assunto,mas há essas informações sobre seus efeitos:
      "É importante destacar que a inibição da enzima PARP-1 (que destrói as células cancerosas) poupa as células normais que não possuem as alterações relacionadas com o tumor observadas naquelas com mutações BRCA1 e BRCA2."
      “Os efeitos colaterais que possivelmente estavam relacionados com o olaparib eram, em sua maioria, de grau 1 ou 2”.
      Mas provavelmente as células troncos estão livres de serem afetadas,pois esses inibidores,chamados de olaparib,teve um sucesso em dois tipos de mutações,e esta sendo trabalhado para outros tipos de mutações.Isto porque a PARP(poli adenosina-difosfato-ribose polimerase) age por reparos por excisão de bases,então cada PARP tem sua individualidade.Afinal,PARP é uma família de proteínas,e não uma unica proteína.(esta é a minha opinião).

      Fonte:http://www.medcenter.com/Medscape/content.aspx?LangType=-1&menu_id=49&id=22255

      Felipe Faix

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