segunda-feira, 2 de julho de 2012

Peroxissomo

São organelas (0,2 a 1, m) que contêm enzimas oxidativas, estas enzimas oxidam substratos em presença de O2 e produzem peróxido de hidrogênio que é degradado pela catalase. Estão presentes em todas as células eucariotas e estão envolvidos na oxidação de ácidos graxos, detoxificação celular, além de outras funções.  
A catalase é uma enzima universal, presente em todos peroxissomos (plantas, animais, algas, etc.). O cristalóide (ou nucleóide) pode ter vários formatos, mas não é sempre presente. Forma-se pelo acúmulo de enzimas precipitadas: catalase (plantas) e catalase e/ou urato oxidase (células animais).


Enzimas oxidativas:
• R-H2 + O2 à R + H2O2


• Catalase
• (a) R´-H2 + H2O2 à R + 2H2O
• (b) 2H2O2 à 2H2O + O2

àPeroxissomos em Plantas
Faz:
- Oxidação de ácidos graxos
• Nas plantas, a Beta-oxidação dos ácidos graxos. Ocorre apenas nos peroxissomos/ glioxissomos e não nas mitocôndrias.

-Fotorrespiração:
+ Ciclo de Calvin
+ Fotossíntese: Fixação de Carbono

- Ciclo do Glioxilato
• Os animais não conseguem converter ácidos graxos ou acetato em açúcares.
• Em plantas (e alguns invertebrados) o acetato pode ser convertido em açúcares: ciclo do glioxilato (glioxissomo).

àPeroxissomos dos Animais
Faz a oxidação de ácidos graxos de cadeia muito longa (VLFAC). E os produtos da oxidação dos VLCFA são usados para a biossíntese do colesterol, ácidos biliares e outros compostos.

Outras Atividades:
• Síntese de plasmalógenos que são os fosfolipídios mais abundantes da mielina.
• Detoxificação:
– Oxidação do urato
– Oxidação de D-aminoácidos
– Oxidação de parte do metanol e etanol
– Oxidação do peróxido de hidrogênio
à Cooperações
• Colaboram com a mitocôndria: Beta oxidação de ácidos graxos nas células animais e degradação de H2O2.
• Colaboram com o cloroplasto: fotorrespiração (e ciclo do glioxilato).
• Colaboram com o REL: processos de detoxificação.

à Biogênese
•Aporte dos lipídeos de membrana, trazidos 1 a 1 do REL.
•Proteínas e enzimas todas produzidas no citosol e importadas para os peroxissomos.
•Peroxinas ou PEX: Transportadores/Receptores (solúveis ou de membrana) que levam ou recebem as enzimas do peroxissomo.

àSíndrome de Zellweger: peroxissomos vazios
- Falha no transporte de todas as enzimas para dentro do peroxissomo
- Síndrome cérebrohepato- renal
- Depósitos de lipídeos no cerebelo
- Genética Autossômica Recessiva
- Cirrose hepática

àAdrenoleucodistrofia – ALD
- Desmielinização no hemisfério direito
- Falha de uma proteína da membrana do perox, que importa VLCFA para B-oxidação
- Acúmulo de VLCFA no soro e tec. Nervoso.

àAdrenoleucodistrofia – ALD
Óleo de Lorenzo



Aluna: Ana Flávia Monteiro






                                                                Peroxissomos



Caroline Machado de Oliveira


11 comentários:

  1. Os peroxissomos são bolsas membranosas que contêm alguns tipos de enzimas digestivas. Sua semelhança com os lisossomos fez com que fossem confundidos com eles até bem pouco tempo. Entretanto, hoje se sabe que os peroxissomos diferem dos lisossomos principalmente quanto ao tipo de enzimas que possuem.

    Os peroxissomos, além de conterem enzimas que degradam gorduras e aminoácidos, têm também grandes quantidades da enzima catalase.A catalase converte o peróxido de hidrogênio, popularmente conhecido como água oxigenada (H2O2), e água e gás oxigênio. A água oxigenada se forma normalmente durante a degradação de gorduras e de aminoácidos, mas, em grande quantidade, pode causar lesões à célula.
    :Allan Ricardo Divardin

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  2. Só uma correção, os peroxissomos contém enzimas oxidativas que quebram compostos orgânicos, como os ácidos graxos, utilizando o oxigênio, em acetil-COA. As enzimas digestivas estão presentes nos lisossomos.
    Nas células animais, a beta-oxidação dos ácidos graxos também é realizada nas mitocôndria. Qual a diferença entre a beta-oxidação de ácidos graxos nas mitocôndrias e nos peroxissomos?

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    Respostas
    1. Embora a β-oxidação que ocorre nos peroxissomos seja semelhante à que ocorre nas mitocôndrias, as enzimas envolvidas em ambos processos se diferem uma das outras, fazendo com que então existam diferenças na β-oxidação peroxissomal e mitocontraial. Nos peroxissomos ocorre somente a degradação de ácidos graxos de cadeia muito longa e longa, enquanto nas mitocôndrias ocorre a oxidação de ácidos graxos de cadeias pequenas, médias e longas. Um exemplo é a enzima peroxissomal acil-CoA oxidase, que é inativa perante cadeias de ácidos graxos de tamanhos pequeno e médio.

      Amanda A. Cominese

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    2. São semelhantes, apenas diferem-se pelas enzimas envolvidas nos dois processos, fazendo com que exista essa pequena diferenças na β-oxidação peroxissomal e mitocondrial.
      Nos peroxissomos ocorre a degradação de ácidos graxos de cadeia muito longa;
      Já na mitocôndria ocorre a oxidação de ácidos graxos de cadeias pequenas, médias e longas.
      Um exemplo é a enzima peroxissomal é a acil-CoA oxidase, que é inativa nas cadeias de ácidos graxos de tamanhos pequeno e médio.

      Ana Flávia Monteiro

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    3. Um esta ligado à apoptose celulae na mito cond ria e é no peroxissomo a concentração de ácido graxos vão se decompor em enzimas nucleares

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  3. Uma das funções mais importantes das reações oxidativas que ocorrem nos peroxissomos é a β-oxidação de lipídeos, que vem a ser a quebra de cadeias de ácidos graxos. Nesse processo, que também ocorre na matriz mitocondrial, as longas cadeias de ácidos graxos vão sendo desmontadas pela remoção de dois átomos de carbono de cada vez, dando origem à acetil-coenzima A (acetil-CoA). A acetil-CoA produzida é exportada para o citossol, onde é reciclada em novas reações de síntese, ou entra na mitocôndria, onde toma parte no ciclo do ácido cítrico. Nas células dos mamíferos, a mitocôndria também realiza β-oxidação, com a vantagem de que os produtos dessas reações são utilizados na cadeia respiratória e no ciclo do ácido cítrico, isto é, em última instância, produzem ATP. Em contrapartida, as células vegetais e os fungos são completamente dependentes dos peroxissomos para essas reações.

    Taisa Naiara

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  4. Distúrbio Peroxissômico

    Leia Mais no SitedeCuriosidades.com: http://www.sitedecuriosidades.com/curiosidade/disturbio-peroxissomico.html
    Há alguns anos o cinema retratou em um filme chamado "Óleo de Lorenzo" o drama de um garoto com uma doença conhecida como ALD (Adrenoleucodistrofia) ligada ao cromossomo X.

    Você sabia que essa doença é devido a um defeito que ocorre na organela peroxissomo?

    Sabemos que os peroxissomos desintoxicam as células, funcionando como "incineradores" de substâncias prejudiciais.

    Nesta síndrome existe defeito numa proteína integral da membrana do peroxissomo, que participa do transporte de ácidos graxos de cadeia longa para dentro dessa organela, onde sofreriam oxidação. O acúmulo desses ácidos graxos nos líquidos do organismo destrói a mielina do tecido nervoso, causando sintomas neurológicos graves.

    Notou como cada organela tem a sua importância!

    Fonte:
    http://www.ufmt.br/bionet/curiosidades/15.12.04/Peroxissomo.htm


    Leia Mais no SitedeCuriosidades.com: http://www.sitedecuriosidades.com/curiosidade/disturbio-peroxissomico.html

    Caroline Machado de Oliveira

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  5. Caroline, bacana trazer o filme o Óleo de Lorenzo para demonstrar a importância fisiológica dos peroxissomos. Todos deveriam assistir esse filme.
    Todos nós entendemos o papel do processo de endossimbiose que deu origem à mitocôndria para a evolução da célula eucarionte.
    Qual seria então a provável relação entre origem dos peroxissomos e evolução da célula eucarionte?

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  6. A origem das células eucariontes a partir de organismos ancestrais anaeróbios procariontes, provavelmente cerca de 1,7 bilhões de anos, promoveu maior complexidade, portanto especialização da estrutura celular.

    O surgimento dos eucariotos, por exemplo: os unicelulares (amebas) e pluricelulares (plantas e animais), constituídos de membrana plasmática, hialoplasma, organelas e núcleo individualizado, fundamenta-se no desenvolvimento de dobras membranosas que invaginaram formando compartimentos com formas e funções diferenciadas, além de propiciar proteção do material genético envolto pela cariomembrana.

    Assim, as diversas organelas: os lisossomos, os retículos liso e rugoso, os peroxissomos, o complexo de Golgi, os plastos (de reserva ou de pigmentação) e as mitocôndrias, dinamizaram evolutivamente o metabolismo celular.

    Existem teorias com suporte nas relações mutualísticas (teoria simbiótica), supondo que os primeiros eucariontes eram anaeróbios heterotróficos que se alimentavam de arqueobactérias fagocitadas.

    Durante a evolução, algumas primitivas bactérias se capacitaram em maior proveito energético no processo respiratório (tornaram-se aeróbias), enquanto outras passaram a converter substâncias inorgânicas em orgânicas, realizando a princípio, gradativamente os processos de quimiossíntese, fermentação e posteriormente fotossíntese (tornando-se autotróficos).

    Fonte:http://www.mundoeducacao.com.br/biologia/o-surgimento-das-celulas-eucarioticas.htm

    Caroline Machado de Oliveira

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  7. qual a diferencia entre o peroxissomos e o glioxissomos?

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  8. qual a origem das enzimas dos peroxissomos

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