Washington - Cientistas americanos conseguiram devolver a visão a ratos cegos com a injeção de uma substância que os deixa sensíveis à luz, de acordo com um estudo divulgado nesta quarta-feira.
As descobertas publicadas na revista Neuron são uma nova esperança para o tratamento que pode, um dia, ajudar as pessoas que sofrem com as formas mais comuns de cegueira, como a degeneração macular e a retinite pigmentosa.
O medicamento, chamado AAQ, torna as células da retina sensíveis à luz, segundo o pesquisador que liderou a pesquisa, Richard Kramer, professor de biologia celular e molecular da Universidade da Califórnia em Berkeley.
O tratamento, que não é permanente e não requer uma intervenção cirúrgica, pode ser mais um passo no caminho da cura da cegueira, sem envolver a implantação de microchips ou o transplante de células-tronco, duas técnicas ainda polêmicas.
"A vantagem dessa abordagem é que é um simples produto, o que significa que você pode mudar a dosagem, pode usar em combinação com outras terapias, ou pode interromper se não gostar dos resultados", explicou Kramer.
"Com o surgimento de fármacos melhores, você pode oferecer outras possibilidades aos pacientes. Não dá para fazer isso quando você implanta cirurgicamente um chip ou após modificar geneticamente alguém", argumentou.
Ainda não está claro o quanto da visão dos ratos foi restaurada, mas os pesquisadores afirmam que o remédio fez efeito porque as pupilas dos animais foram contraídas com a presença de luz forte e os ratos passaram a evitar a luz.
Os ratos usados no experimento tinham mutações genéticas que faziam com que suas hastes e cones morressem com apenas alguns meses de vida.
"Esse é um grande avanço no campo da restauração da visão", declarou o co-autor da pesquisa Russell Van Gelder, oftalmologista e chefe do Departamento de Oftalmologia da Universidade de Washington, Seattle.
"Ainda precisamos mostrar que esses componentes são seguros e vamos trabalhar com pessoas da mesma maneira que trabalhamos com os ratos, mas esses resultados demonstram que essa classe de compostos restabelece a sensibilidade à luz às retinas afetadas por doenças genéticas", acrescentou.
Os cientistas disseram que estão atualmente trabalhando em uma nova geração de compostos químicos para uma nova etapa de experimentos em ratos.
Postagem: Beatriz Carneiro do Carmo
ResponderExcluirÉ um excelente motivo para gasto de dinheiro com essas pesquisas, pois a oportunidade de poder enxergar o mundo é única. -Felipe Augusto B. Biscaia
ResponderExcluirÉ interessante saber como essas substâncias agem? Relacionar melhor a matéria com área de Biologia Celular.
ResponderExcluirCitar fonte?
ResponderExcluirO medicamento AAQ tem o poder de reativar as células mortas da retina. Pequenas injeções intra-oculares de AAQ restauram o reflexo pupilar à luz, amplificando as respostas das células ganglionares, além de prolongarem a sensibilidade de vários tipos de neurônios da retina. Funcionando de maneira semelhante à anestesia local, a molécula do medicamento, fotossensível, se fixa em canais iônicos e responde à presença de luz. Essa descoberta é importante para um melhor entendimento do funcionamento da célula e ajuda o desenvolvimento dos estudos na biologia celular.
ResponderExcluirBeatriz Carneiro do Carmo
fonte da postagem: http://www.d24am.com/noticias/saude/em-pesquisa-nos-eua-medicamento-restaura-a-visao-de-ratos/64360
ResponderExcluirBeatriz Carneiro do Carmo