sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Tecido híbrido de células humanas e eletrônicas e produzido por cientistas

Cientistas da Universidade de Harvard, Estados Unidos, chegaram ao que pode ser considerado como o primeiro modelo viável de tecido ciborgue da história. O resultado da pesquisa liderada pelo Dr. Charles Lieber é um tecido vivo que mescla componentes orgânicos com elementos eletrônicos, como nanofios e transistores. Embora a pesquisa esteja centrada em ratos, os cientistas conseguiram criar 1,5 centímetro de vaso sanguíneo humano totalmente funcional.
Imagem mostra célula impregnada de nanofios (Foto: Reprodução)

Os cientistas realizam no momento suas pesquisas com tecidos vivos de ratos. Para chegar no composto híbrido, basicamente eles constroem uma estrutura com colágeno – a substância que preenche e faz a ligação entre nossas células. No colágeno, são posicionados os componentes eletrônicos de forma que, quando a célula cresce à sua volta, eles acabam sendo integrados ao tecido vivo. A técnica já foi testada com sucesso em células do coração, músculos, vasos sanguíneos e até mesmo neurônios.
Embora ainda estejamos longe da capacidade de manufaturar vida, ou construir órgãos biônicos, os cientistas já foram capazes de protagonizar saltos muito importantes no caminho para atingir essas metas. Exemplo disso é o uso da tecnologia de tecidos híbridos num coração. Através da malha eletrônica, foi possível extrair dados sobre o funcionamento das células, como sua taxa de compressão e expansão a cada pulso.
Para os cientistas envolvidos no projeto, o próximo grande salto é passar informações da matriz eletrônica para a célula orgânica. A ideia é usar a interface eletrônica para extrair e passar informações para as células do nosso organismo. As perspectivas desse tipo de tecnologia são incríveis: com facilidade, seria possível monitorar precisamente o funcionamento de cada sistema de nosso organismo e corrigi-lo com a facilidade de um clique num computador ou mesmo num aplicativo de smartphone.
Apesar de várias potenciais aplicações para essa tecnologia, o uso em curto prazo pode ajudar a indústria farmacêutica, segundo Lieber. Os pesquisadores poderiam usar o tecido ciborgue para estudar com maior precisão como novos medicamentos agem em tecidos tridimensionais, ao invés de camadas finas de células.


disponivel em <http://www.techtudo.com.br/curiosidades/noticia/2012/09/cientistas-criam-tecido-hibrido-de-celulas-humanas-e-eletronicas.html>
por:Allan Ricardo Divardin

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