quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Nanofibras e nanotubos afetam homem e meio ambiente

      A nanotecnologia é muito promissora, mas as minúsculas partículas e fibras com que ela lida podem representar danos sérios à saúde e ao meio ambiente. Dois estudos científicos divulgados nesta semana trazem resultados preocupantes, sobretudo para trabalhadores que lidam diretamente com os nanoprodutos.
      Nanofibras, nanotubos e nanopartículas já são utilizados nos mais diversos tipos de produtos, de cremes de beleza e protetores solares a produtos esportivos e até asas de aviões. Contudo, até hoje não existem normatizações para controle do uso e da exposição a esses produtos.
Nanofibras nos pulmões
      Ken Donaldson e sua equipe da Universidade de Edimburgo, na Escócia, analisaram o impacto das nanofibras, partes constituintes das famosas fibras de carbono e outros materiais de alta tecnologia. Os estudos indicam que, por serem pequenas demais, essas fibras individuais, podem ser inaladas e atingir a cavidade pulmonar.
Riscos da nanotecnologia: nanofibras e nanotubos afetam homem e meio ambiente
      Isso pode levar ao mesotelioma, o mesmo tipo de câncer causado pelo amianto, ou asbesto, que está banido em quase todo o mundo.
"A preocupação surgiu porque esses novos tipos de nanofibras, feitos pela indústria da nanotecnologia, podem representar um risco porque têm formatos similares aos asbestos," disse o Dr. Donaldson.
      O estudo, publicado na revista científica Toxicology Sciences, é importante por analisar os diversos tamanhos de nanofibras, permitindo avaliações iniciais das dimensões seguras para sua fabricação.

Nanotubos no meio ambiente
      Já a equipe do Dr. Baolin Deng, da Universidade de Missouri, analisou os bem mais conhecidos nanotubos de carbono. Pequenos tubos ocos feitos de carbono, os nanotubos estão entre os materiais mais fortes da Terra, e são usados para reforçar materiais compósitos, na eletrônica e até em pesquisas na saúde, como no combate a tumores.
      Contudo, eles também têm seus riscos: os pesquisadores descobriram que os nanotubos de carbono são tóxicos para os animais aquáticos. A equipe salienta que é urgente criar normatizações que evitem que o material seja liberado no ambiente.
"O lado promissor dos nanotubos de carbono deve ser equilibrado com cautela e preparação," disse o Dr. Baolin. "Nós não sabemos o suficiente sobre seus efeitos sobre o ambiente e a saúde humana."
      O pesquisador destaca que, ao contrário do que dizem as teorias, os nanotubos de carbono disponíveis comercialmente não são feitos unicamente de carbono: eles possuem níquel, cromo e outros metais em sua composição, materiais adquiridos durante o processo de fabricação, sendo estes os principais responsáveis pelos efeitos danosos dos nanotubos à vida aquática.

NATALIA MARGARIDO KINAP
TAMIRES DINIZ BRESSAN
http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=riscos-da-nanotecnologia-nanofibras-nanotubos&id=8094

4 comentários:

  1. Um outro lado da nanotecnologia. Muitos são os benefícios, mas agora começam a aparecer possíveis danos causados por esse tipo de tecnologia. Como toda tecnologia, cuidados e medidas de segurança são sempre necessárias para que essas não sejam utilizadas de maneira indiscriminada.Vejam o paradoxo: a nanotecnologia que pode auxiliar na cura de doenças, como câncer, por outro lado, podem representar um risco à saude. Aguardo comentários.

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  2. Os efeitos da nanotecnologia sobre a saúde humana, apesar dos esforços, ainda não foram bem pesquisados. Elas são tão pequenas que podem entrar nas células humanas e ao invés de ajudar, podem atrapalhar causando uma consequência séria. Segundo fontes, ainda é um "mundo obscuro" que necessita muito mais pesquisa e atenção.

    Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=nanotecnologia-preocupa-consumidores&id=7133

    Danielly Xavier

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  3. Como toda nova tecnologia, ainda não sabe-se tudo acerca dela. Apesar de trazer benefícios ao tratamento de doenças, existem ainda aspectos que não foram desvendados sobre danos à saúde humana e degradação do meio ambiente. É preciso maiores estudos sobre o assunto e ponderar os prós e contras na utilização dessas tecnologias.

    Tamires D. Bressan

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  4. As mesmas características que tornam as nanopartículas interessantes do ponto de vista de aplicação tecnológica, podem ser indesejáveis quando essas são liberadas ao meio ambiente. O pequeno tamanho das nanopartículas facilita sua difusão e transporte na atmosfera, em águas e em solos, ao passo que dificulta sua remoção por técnicas usuais de filtração. Pode facilitar também a entrada e o acúmulo de nanopartículas em células vivas. De modo geral, sabe-se muito pouco ou nada sobre a biodisponibilidade, biodegradabilidade e toxicidade de novos nanomateriais. A contaminação do meio ambiente por nanomateriais com grande área superficial, boa resistência mecânica e atividade catalítica pode resultar na concentração de compostos tóxicos na superfície das nanopartículas, com posterior transporte no meio ambiente ou acúmulo ao longo da cadeia alimentar; na adsorção de biomoléculas, com conseqüente interferência em processos biológicos in vivo; numa maior resistência à degradação (portanto, maior persistência no meio ambiente) e em catálise de reações químicas indesejáveis no meio ambiente.

    Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422004000600031
    Aluna: Ana Caroline Mendes de Arruda

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