Cientistas estimularam uma única célula viva a produzir radiação laser. Esse trabalho pode ter aplicações no melhoramento da qualidade de imagens de microscópio e no aperfeiçoamento de terapias baseadas na luz.
A técnica começa com a estruturação de uma célula que pode produzir uma proteína que emite luz. A proteína é obtida de águas-vivas brilhantes. Ao dirigir um feixe de luz azul à célula, ela responde emitindo luz laser verde.
É a primeira vez que o fenômeno foi visto em um sistema vivo.
A dupla de pesquisadores usou proteína verde fluorescente (GFP) como o meio por onde a amplificação da luz laser ocorreu. GFP é uma molécula bem estudada, primeiro isolada na água-viva, o que revolucionou a biologia, agindo como uma “tocha” que pode iluminar sistemas vivos. No novo trabalho, células derivadas daquelas presentes no rim humano foram geneticamente modificadas para produzir GFP.
As células foram então colocadas uma de cada vez entre dois espelhos minúsculos, de apenas 20 milionésimos de metro de diâmetro, que atuou como a “cavidade do laser” onde a luz poderia saltar muitas vezes através da célula. Após ser iluminada com a luz de tonalidade azul, a célula pôde ser vista emitindo luz laser verde intensa e direcionada.
As células se mantiveram vivas durante e após todo o processo. Os autores observam que o sistema vivo se autocura: se as proteínas emissoras de luz são destruídas no processo, a célula simplesmente produz mais.
“No caso das terapias baseadas na luz, e de diagnóstico por imagem, as pessoas pensam em como fazer as emissões de uma fonte de laser externa chegarem profundamente no tecido. Agora podemos abordar este problema de outra maneira: ao fazer o próprio tecido emitir luz”, escrevem os autores.[BBC].
Caroline Machado de Oliveira
Gostaria de entender melhor qual a novidade desse artigo, pois há milhares de células transformadas com GFP ("green fluorescent proteina") que emitem luz na faixa do verde? Qual a novidade?
ResponderExcluirAs GFPs são homólogas e coloridas, sendo constituídas por
ResponderExcluirproteínas pequenas e compactas, formando uma
estrutura denominada cilindro, e que espontaneamente geram fluróforos. Devido às cores brilhantes, que cobrem todo o
espectro visível,essas proteínas são usadas extensivamente como ferramentas de pesquisa.
As várias cores são originadas de uma entidade
fluorescente que é gerada no interior da proteína
através da modificação covalente de três resíduos de
aminoácidos consecutivos, os quais fazem parte da
cadeia polipeptídica, que obtém sua conformação
tridimensional nativa para se tornar visivelmente
fluorescente.
A família das GFPs tem profundo impacto
na versatilidade das técnicas disponíveis para a
biologia molecular, inclusive para o estudo de doenças
como o câncer, problemas de desenvolvimento, defeitos
genéticos e contaminações virais . A grande variedade de genes codifica tipos celulares, em particular quando utilizadas em conjunto com microscópios fluorescentes.
Um exemplo importante da versatilidade foi descrito num artigo a respeito da implantação de células-tronco (CT) embrionárias,derivadas de ratos geneticamente transformados com GFP, em ratos normais.O resultado da implantação das CT pôde ser monitorado e acompanhado visualmente por fluorescência a partir desses marcadores.
Fonte:http://www.scielo.br/pdf/cr/2011nahead/a0811cr3852.pdf
Caroline Machado de Oliveira
Existem pesquisas relacionadas a emissão de luz por meio de células com o propósito de indicar possíveis células cancerígenas. Aqui está um pouco do assunto:
ResponderExcluir< http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=nanoparticulas-coloridas-identificam-celulas-cancer&id=5437 >, acesso em 06/10/2012
Autor da postagem: Felipe Augusto Barbosa Biscaia.
Cientistas americanos induziram uma célula a produzir luz laser, diz um artigo publicado na revista científica Nature Photonics.
ResponderExcluirA técnica se baseia em uma célula que foi programada geneticamente para produzir uma proteína - encontrada naturalmente em uma espécie de água-viva - capaz de emitir luz.
Quando a célula é iluminada com uma tênue luz azul, passa a emitir luz laser verde direcionada.
O trabalho pode ter aplicações na geração de imagens microscópicas de qualidade superior e também em tratamentos médicos que utilizam luzes.
A luz laser se diferencia da luz normal porque ela tem um espectro mais reduzido de cores, com ondas de luz que oscilam juntas, em sincronia.
Lucia Satomi Hirooka
http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/2011/06/110613_celula_laser_mv.shtml
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