Pressentindo a morte
Os pesquisadores do hospital estadunidense Brigham and Women's Hospital que investigaram a chamada ansiedade fóbica, uma das formas mais frequentes de ansiedade, fizeram uma descoberta surpreendente ao concluírem que as pessoas que sofrem de fobias têm telômeros consideravelmente mais curtos.
Os telômeros são estruturas específicas de proteínas que formam as extremidades dos cromossomas e têm a propriedade de proteger estes últimos e a informação genêtica durante a divisão das células. Compõem-se de seqüências curtas de nucleotídeos repetidas centenas de vezes em leveduras e vários milhares de vezes em vertebrados. Nos cromossomos humanos a seqüência é [5’ – TTAGGG – 3’], formando um segmento de DNA de aproximadamente 10kb no extremo do cromossomo. A fita complementar, rica em C, terminam um pouco antes da fita rica em G, de modo que a última forma uma fita terminal monocatenaria no extremo do cromossomo. Como a síntese de DNA avança somente na direção 5’ ® 3’ e depende da presença de um iniciador, a síntese de DNA no extremo do cromossomo é interrompida.
Os telômeros são considerados marcadores do envelhecimento biológico e celular. A duplicação cromossômica normal produz um encurtamento progressivo de telômeros, até que, depois de um número de divisões celulares os cromossomos se tornam instáveis e a célula morre. O encurtamento dos telômeros está relacionado com um elevado risco de desenvolvimento de câncer, de doenças cardíacas, de demência e de morte prematura.
Assim, a ansiedade fóbica está relacionada com a possibilidade de um envelhecimento acelerado. É como se o organismo tivesse medo da morte prematura e o fizesse o sentir à pessoa.
Fonte:Radio Voz da Russia
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Postado por Felipe Faix