terça-feira, 26 de junho de 2012

Vídeo sobre síntese proteica


Uma boa ajuda para entender como ocorre a síntese.

Postado por: Felipe Faix
Link do vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=DcCnmPeutP4

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Super-microscópio mostra HIV ao vivo e em cores


Novo microscópio óptico mostra HIV ao vivo e em coresÀ esquerda uma imagem mais geral do HIV-1. À direita, a reconstrução da mesma área feita por computador, mostrando detalhes das estruturas virais.[Imagem: Leleka et al./PNAS]



De olho no vírus
Cientistas franceses criaram um novo microscópio óptico que permitiu pela primeira vez que um HIV fosse observado diretamente com luz visível.
Embora com menor resolução do que os microscópios eletrônicos, as técnicas de microscopia com luz visível são essenciais para observar amostras biológicas em funcionamento pleno, sem que a observação afete seu funcionamento.
Isso é tradicionalmente feito usando corantes, como proteínas GFP e anticorpos ligados a fluorófos sintéticos.
Entretanto, isso permite distinguir estruturas moleculares e celulares em uma escala de 200 a 300 nanômetros. A maioria dos vírus é muito menor do que isso.
E os cientistas querem ver os vírus no interior das células que eles infectam, para observar seu funcionamento e descobrir formas de contra-atacá-los.
Novo microscópio óptico mostra HIV ao vivo e em cores
Esta comparação mostra a capacidade do microscópio óptico com super-resolução: o que era um pixel sem nenhuma informação, transformou-se em uma estrutura bem visível. [Imagem: Pasteur Institut]
Capsídeos
Christophe Zimmer e seus colegas do Instituto Pasteur juntaram duas técnicas igualmente recentes - FLAsH e PALM -, criando uma nova forma híbrida de visualização que permite distinguir estruturas com apenas 30 nanômetros.
Isso permitiu que eles vissem pela primeira vez os capsídeos de um HIV-1 sem afetar a capacidade de replicação do vírus.
Capsídeos são estruturas cônicas que contêm o genoma do vírus. Essas estruturas devem se desmantelar para que o genoma viral se integre ao genoma da célula infectada.
As observações permitiram decidir um debate de longa data entre os pesquisadores, que não sabiam se os capsídeos se desmantelavam logo após a entrada do vírus na célula ou, como agora se demonstrou que de fato ocorre, eles permanecem fechados o suficiente para que o vírus chegue ao núcleo celular.
Isto mostrou que os capsídeos desempenham um papel muito mais importante no ciclo de replicação do HIV do que se assumia até agora.
Há cerca de um ano, pesquisadores britânicos conseguiram enxergar um vírus pela primeira vez usando um microscópio óptico, mas ainda sem a resolução necessária para observar especificamente o HIV.
Bibliografia:

Superresolution imaging of HIV in infected cells with FlAsH-PALM
Mickaël Leleka, Francesca Di Nunzio, Ricardo Henriques, Pierre Charneau, Nathalie Arhel, Christophe Zimmer
Proceedings of the National Academy of Sciences
Vol.: Published online before print
DOI: 10.1073/pnas.1013267109
Taisa Naiara

sexta-feira, 22 de junho de 2012


Nanotecnologia poderá reparar células danificadas
 
De acordo com o site VNUNet, o diretor do Instituto de Bionanotecnologia em Medicina da Universidade Northwestern, Dr. Samuel Stupp, está combinando nanotecnologia e biologia e já demonstrou como ratos de laboratório paralisados por problemas na medula espinhal podem voltar a andar em apenas seis semanas.
"Injetando moléculas que foram criadas para se auto-organizar em nanoestruturas no tecido espinhal, fomos capazes de recuperar e reparar rapidamente neurônios danificados", explicou Stupp. Segundo o cientista, as nanofibras, milhares de vezes mais finas que um fio de cabelo humano, são a chave não apenas para prevenir a formação de cicatrizes que impedem a reparação da medula espinhal, mas também para estimular a regeneração de células perdidas ou danificadas.
Sua equipe criou moléculas injetáveis via seringa com capacidade de auto-organização em nanofibras. E assim, Stupp acredita que a nanotecnologia poderá ajudar os pesquisadores a criar tratamentos até hoje não imaginados. Quando as nanofibras se formam, elas podem ser imobilizadas em uma área do tecido onde é necessário ativar alguns processos biológicos como, por exemplo, salvar células danificadas ou regenerar células diferenciadas de células-tronco.
Segundo o site MedIndia, durante a apresentação foi demonstrada a recuperação de um rato com sintomas do Mal de Parkinson, outra doença que poderia ser tratada com o método em estudos.
Além da paralisia e do Mal de Parkinson, os cientistas acreditam que a nanotecnologia ainda poderia ser aplicada a problemas como Alzheimer, onde as células cerebrais param de funcionar como deveriam, ou auxiliando o funcionamento correto das áreas lesadas do coração após um infarto.
"Esta pesquisa provê um antecipado vislumbre dos novos e empolgantes lugares para onde a tecnologia pode levar", afirmou David Rejeski, diretor do Project on Emerging Nanotechnologies. "Este tipo de trabalho nos ajuda a ver além da primeira geração de aplicações de nanotecnologia, tais como melhores raquetes de tênis ou tecidos antieletricidade estática, e diminuir o sofrimento humano em doenças como Parkinson, problemas do coração e até mesmo câncer", concluiu.



Autora da postagem: Danielly Xavier

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Nanopartículas inibem metástase de câncer em ratos


Pesquisadores espanhóis elaboraram um tratamento com nanopartículas que inibe 100% das metástases¹ linfáticas em ratos com linfoma² de células de manto. O resultado deste trabalho foi publicado na edição de maio da revista Nanomedicine UK.
O grupo responsável pela pesquisa é formado por cientistas da Universidade de Navarra (Espanha), em colaboração com o Centro de Pesquisa do Câncer de Salamanca, também localizado na Espanha.
O tratamento é feito com um remédio baseado em nanopartículas que são inseridas no fármaco antitumoral edelfosina, administrado oralmente.
De acordo com os pesquisadores, essas nanopartículas são capazes de se acumular nos gânglios linfáticos e destruir seletivamente as células tumorais, sem atingir as células boas.
Os autores defendem que a administração oral do remédio poderia evitar a hospitalização do paciente, geralmente necessária em tratamento tradicional com quimioterapia.
O estudo indica que uma administração de nanopartículas de edelfosina a cada quatro dias pode ser tão eficaz quanto uma administração diária do fármaco sem nanopartículas.
Resultados promissores — Para Ander Estella, um dos autores do estudo, o resultado mais surpreendente da pesquisa foi a capacidade das nanopartículas com edelfosina inibirem a metástase.
"Enquanto a administração diária do fármaco sem nanopartículas reduzia as metástases em 50%, a administração a cada quatro dias das nanopartículas com edelfosina eliminou 100% das metástases linfáticas", ressalta Estella.
Os autores acreditam que esses resultados abrem uma nova porta para pesquisa e desenvolvimento de tratamentos mais eficazes e seguros contra diversos tipos de câncer. Eles acrescentam que a eficácia dos nanossistemas está sob análise em casos outros casos de câncer como um tipo de leucemia e de câncer de mama.

1 METÁSTASE - Propagação das células cancerígenas em uma localização totalmente nova do local onde elas foram inicialmente encontradas.
 2 LINFOMA - É o termo usado para designar os tumores cancerígenos no sistema linfático, formado por vasos finos e gânglios (linfonodos) que atuam na defesa do organismo levando nutrientes e água às células e retirando resíduos e bactérias.

Beatriz Carneiro do Carmo

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Lisossomos



A formação das vesículas lisossômicas.
Os lisossomos são organelas citoplasmáticas membranosas presentes em praticamente todas as células eucariontes. Em seu interior existem enzimas que realizam normalmente a digestão intracelular, porém extracelular em casos excepcionais.

A estrutura de um lisossomo tem sua origem a partir do processo de síntese e transformações que envolvem a complexidade celular. Partindo inicialmente do controle genético, são sintetizadas moléculas de RNA precursoras das enzimas digestivas. Essas moléculas juntamente ao retículo endoplasmático rugoso realizam o processo de transcrição de uma proteína.

Finalizada a síntese, essas proteínas são transportadas em vesículas (pequenas bolsas) que se dissociam do retículo com destino ao complexo de Golgi. Nesse local as proteínas irão passar por transformações (maturação), havendo acréscimo de grupamentos químicos (fosforilação) nas extremidades dos filamentos protéicos, caracterizando o seu potencial enzimático.

Após esse estágio as enzimas formadas são empacotadas em vesículas que se desprendem do aparelho golgiense, constituindo o lisossomo. A este estado de pré-formação dá-se o nome de lisossomo primário e quando em ação funcional propriamente dita, formado: o vacúolo digestivo, o vacúolo autofágico e corpo residual, recebem a denominação de secundário.

Quanto ao aspecto interno da vesícula lisossômica, esta possui um pH por volta de 5, um potencial hidrogeniônico ácido em virtude do conteúdo, visto que as enzimas são chamadas de hidrolases ácidas.

Durante o processo digestivo, os lisossomos podem tanto asociar-se a fogossomos quanto a pinossomos (denominação que condiz com a consistência das substâncias ou partículas engolfadas), formando o vacúolo digestivo.

À medida que a digestão se processa, as moléculas necessárias ao metabolismo da célula atravessam a membrana do vacúolo dispersando-se pelo hialoplasma. O material não digerido constitui o corpo residual, eliminado por exocitose (clasmocitose ou defecação celular).

Essas organelas também podem atuar na degeneração de outros orgânulos da própria célula, mantendo a renovação das estruturas permanentemente reconstruidas, mecanismo chamado de autofagia (auto = próprio, fagia = comer).

Dependendo da informação e controle gênico, as enzimas lisossômicas, em resposta ao envelhecimento das células ou a qualquer alteração morfofisiológica (hormonal, lesões ou tumores), podem desencadear o mecanismo de morte celular programada (apoptose), ou seja, a célula se alto destrói, evitando maiores danos ao organismo.
 


Por Krukemberghe Fonseca
Graduado em Biologia
Equipe Brasil Escola
Caroline Machado de Oliveira