Nanotecnologia poderá reparar células danificadas
De acordo com o site VNUNet, o
diretor do Instituto de Bionanotecnologia em Medicina da Universidade
Northwestern, Dr. Samuel Stupp, está combinando nanotecnologia e biologia e já
demonstrou como ratos de laboratório paralisados por problemas na medula espinhal
podem voltar a andar em apenas seis semanas.
"Injetando moléculas que
foram criadas para se auto-organizar em nanoestruturas no tecido espinhal,
fomos capazes de recuperar e reparar rapidamente neurônios danificados",
explicou Stupp. Segundo o cientista, as nanofibras, milhares de vezes mais
finas que um fio de cabelo humano, são a chave não apenas para prevenir a
formação de cicatrizes que impedem a reparação da medula espinhal, mas também
para estimular a regeneração de células perdidas ou danificadas.
Sua equipe criou moléculas
injetáveis via seringa com capacidade de auto-organização em nanofibras. E assim,
Stupp acredita que a nanotecnologia poderá ajudar os pesquisadores a criar
tratamentos até hoje não imaginados. Quando as nanofibras se formam, elas podem
ser imobilizadas em uma área do tecido onde é necessário ativar alguns
processos biológicos como, por exemplo, salvar células danificadas ou regenerar
células diferenciadas de células-tronco.
Segundo o site MedIndia, durante a apresentação foi demonstrada
a recuperação de um rato com sintomas do Mal de Parkinson, outra doença que
poderia ser tratada com o método em estudos.
Além da paralisia e do Mal de
Parkinson, os cientistas acreditam que a nanotecnologia ainda poderia ser
aplicada a problemas como Alzheimer, onde as células cerebrais param de
funcionar como deveriam, ou auxiliando o funcionamento correto das áreas
lesadas do coração após um infarto.
"Esta pesquisa provê um antecipado vislumbre dos novos
e empolgantes lugares para onde a tecnologia pode levar", afirmou David
Rejeski, diretor do Project on Emerging Nanotechnologies. "Este tipo de
trabalho nos ajuda a ver além da primeira geração de aplicações de
nanotecnologia, tais como melhores raquetes de tênis ou tecidos antieletricidade
estática, e diminuir o sofrimento humano em doenças como Parkinson, problemas
do coração e até mesmo câncer", concluiu.
Autora da postagem: Danielly Xavier