sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Células-tronco cancerosas rastreadas


Pesquisadores do câncer podem sequenciar os genomas das células tumorais, examinar as atividades genéticas anormais, montar um perfil com seu conteúdo para a síntese de proteínas e estudar o seu crescimento em laboratório. O que eles não têm sido capazes de fazer, é rastrear as células errantes fazendo o que é mais relevante para os pacientes: formando tumores.
Células-tronco cancerosas rastreadas
Pesquisadores do câncer podem sequenciar os genomas das células tumorais, examinar as atividades genéticas anormais, montar um perfil com seu conteúdo para a síntese de proteínas e estudar o seu crescimento em laboratório. O que eles não têm sido capazes de fazer, é rastrear as células errantes fazendo o que é mais relevante para os pacientes: formando tumores. Agora, três grupos que estudam tumores em camundongos fizeram exatamente isso. Seus resultados apoiam a ideia de que um pequeno subconjunto de células leva ao crescimento de tumores, e que a cura do câncer pode exigir que essas células sejam eliminadas.
É muito cedo para saber se esses resultados – obtidos em tumores do cérebro, do intestino e da pele – se aplicam a outros tipos de câncer, disse Luis Parada, do Centro Médico Southwestern da Universidade do Texas, em Dallas, que liderou o estudo com tumores do cérebro. Mas caso isso aconteça, disse ele, 'haverá uma mudança de paradigma sobre a forma como a eficácia da quimioterapia é avaliada e como as terapias são desenvolvidas.' Em vez de testar se uma terapia diminui um tumor, por exemplo, os pesquisadores poderão avaliar se ela mata os tipos certos de células.
Por trás desse cenário está a hipótese convincente, mas controversa, de que muitos tumores são abastecidos por 'células-tronco cancerosas' que produzem outros tipos de células do câncer, assim como as células-tronco normais produzem tecidos normais. Estudos anteriores testaram essa ideia através da triagem de células de uma biópsia de câncer em subgrupos, baseando-se em alguns fatores como marcadores de superfície celular, injetando-os em ratos de laboratório. Em princípio, as células que geram novos tumores são as células-tronco cancerosas. Mas os céticos apontam que o transplante dessas células as remove de seu ambiente natural, podendo gerar uma mudança em seu comportamento. 'Você pode ver o que uma célula é capaz de fazer, mas não o que elas realmente fazem', disse Cedric Blanpain, da Universidade Livre de Bruxelas, que coliderou o estudo com tumores de pele.
Todos os três grupos de pesquisa tentaram resolver essa lacuna através de técnicas genéticas de rastreamento celular. Parada e seus colegas de trabalho começaram testando um marcador genético que marca células-tronco neurais adultas e saudáveis, mas não as suas descendentes mais especializadas, podendo talvez marcar também as células-tronco cancerosas em glioblastomas, um tipo de câncer no cérebro.
Quando o fizeram, descobriram que todos os tumores continham pelo menos algumas células marcadas – presumivelmente células-tronco. Os tumores também continham muitas células não marcadas. Essas células não marcadas podem morrer com a quimioterapia convencional, mas os tumores voltam rapidamente. Outros experimentos mostraram que as células não marcadas se originaram de células marcadas. Quando a quimioterapia foi combinada com a técnica genética para suprimir as células marcadas, disse Parada, os tumores se tornaram 'vestígios residuais' que não se parecem com glioblastoma.
UNDATED -- BC-NATURE-CANCER-STEM-CELLS-ART-NYTSF -- Dr. Luis Parada at the University of Texas Southwestern Medical Center in Dallas.. (© Credit: Dave Gresham/ NYT Syndicate)
Enquanto isso, Hans Clevers, biólogo de células-tronco no Instituto Hubrecht, em Utrecht, na Holanda, e seus colegas focaram no câncer de intestino. Eles tinham mostrado anteriormente que um marcador genético que marca células-tronco intestinais saudáveis também marca células-tronco de tumores benignos do intestino, que são precursores do câncer.
Em seu último estudo, ele e sua equipe projetaram um camundongo portador de um gene para um marcador de uma droga induzível que, quando ativado, faz com que as células marcadas sintetizem moléculas que fluorescem uma de quatro cores. Esse experimento forneceu tumores de uma só cor constituídos por vários tipos de células, o que sugere que cada tumor surja a partir de uma única célula-tronco. Para verificar se as células-tronco continuavam a alimentar os tumores, Clevers adicionou a droga pela segunda vez, mas em baixa dosagem, desencadeando a mudança de cor em algumas das células-tronco. Isso produziu fluxos de células com a nova cor, mostrando que as células-tronco foram produzindo consistentemente os outros tipos de células.
Para o estudo do câncer de pele, Blanpain e seu grupo marcaram células tumorais individuais, sem visar especificamente as células-tronco. Eles descobriram que as células apresentaram dois padrões distintos de divisão: Elas produzem poucas células antes de enfraquecerem, ou passam a produzir muitas células.
Mais uma vez, os resultados apontaram para um subconjunto distinto de células como o mecanismo de crescimento do tumor. Além do mais, quando os tumores se tornaram mais agressivos, ficaram mais propensos a produzir novas células-tronco – que podem se dividir por tempo indeterminado – e menos propensos a produzir células diferenciadas, que podem se dividir apenas um número limitado de vezes. Essa pode ser a chave para determinar mais cedo o desenvolvimento de tumores, disse Blanpain. Ao invés de erradicar as células-tronco do câncer, por exemplo, as terapias podem tentar estimulá-las para que se diferenciem em células que não se dividem.
Os trabalhos fornecem evidências experimentais claras de que as células-tronco cancerosas existem, disse Robert Weinberg, pesquisador de câncer no Instituto Whitehead em Cambridge, Massachusetts. 'Eles fizeram uma grande contribuição para validar o conceito de células-tronco cancerosas', disse ele. Mas as células do câncer provavelmente também agem de formas mais complexas do que as observadas, avisa ele. Por exemplo: as células não-tronco, dentro do tumor, podem se diferenciar em células-tronco.
O próximo passo, dizem os três grupos, é descobrir como as células rastreadas nesse experimento se relacionam com supostas células-tronco do câncer identificadas por anos em estudos de transplante. Os pesquisadores já se ocuparam em descobrir maneiras de matar essas células; agora eles têm mais ferramentas para dizer se uma estratégia vai funcionar.
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Caroline Machado de Oliveira

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Animação em 3D de uma mitose

Conceito de mitose:O termo Mitose designa o conjunto de processos que decorrem na divisão do núcleo das células eucarióticas, pelos quais se formam núcleos com o mesmo número de cromossomos do núcleo inicial pleurótricas.
De forma simplificada,a mitose é dividida nas seguintes fases:
  • Prófase: Onde ocorre a fragmentação do nucléolo, e onde os cromossomos se individualizam;
  • Prometáfase: Formação  do cinetocoro e fragmentação da carioteca;
  • Metáfase: Fase onde os cromossomos se encontram mais condensados.Forma-se a placa equatorial, área onde os fusos mitóticos se ligam aos centrômeros dos cromossomos.;
  • Anáfase: Fase onde os cromátides irmãs são separadas,dividindo o material genético para cada polo da célula;
  • Telófase: Fase onde ocorre a citocine,separando o citoplasma originando duas células filhas;
  • Interfase: Estado normal da célula, onde ela não se encontra em divisão.
Fonte:http://www.knoow.net/ciencterravida/biologia/mitose.htm
Link do vídeo aqui
Interessante vídeo aula:mitose-prof jubilut

Postado por Felipe Faix

Bionanotecnologia ataca cancêr e reforça imunidade ao mesmo tempo

Ataque e defesa

Os cânceres são notórios por produzir compostos químicos que confundem o sistema imunológico, frustrando as defesas biológicas.

Para combater esse efeito, alguns tratamentos tentam neutralizar o arsenal químico do câncer e aumentar a resposta imune do paciente.

Contudo, as tentativas de fazer as duas coisas ao mesmo tempo raramente são bem-sucedidas.

Bionanotecnologia

Agora, cientistas usaram a bionanotecnologia para desenvolver um sistema que fornece ao corpo, simultaneamente, uma dose sustentada de um reforço para o sistema imunológico, e de um medicamento para inibir a produção dos compostos químicos do câncer.

Isto resultou em uma potente terapia combinada que, em experimentos em animais, retardou o crescimento de alguns tumores e chegou a colocar outros em remissão, levando a taxas de sobrevivência significativamente maiores.

Essa técnica para a aplicação simultânea de vários tratamentos pode resolver as frustrantes dificuldades que as chamadas terapias medicamentosas combinatórias têm enfrentado.



Nanotecnologia ataca câncer e reforça imunidade ao mesmo tempo
 


Esta ilustração mostra um nanolipogel aplicando sua carga imunoterápica. As esferas azul-claras dentro dos vasos sanguíneos, assim como a esfera maior em primeiro plano, são os nanolipogéis (NLGs). Conforme eles se quebram, liberam IL-2 (pontinhos verdes), que ajudam a recrutar e ativar a resposta imunológica do corpo (as células esferoides roxas). As pequenas esferas azuis brilhantes são o tratamento adicional, uma droga contra o câncer que inibe o TGF-beta (uma das defesas químicas do câncer).
 
 
Nanolipogels
 
Classificada como imunoterapia, a nova técnica usa medicamentos já bem estudados, mas leva-os para o organismo usando nanolipogéis (NLGs: NanoLipoGels), uma tecnologia inovadora para o transporte de medicamentos.
Os NLGs (nanolipogéis) são esferas ocas biodegradáveis com dimensões em nanoescala (bilionésimos de metro), cada uma capaz de acomodar grandes quantidades de moléculas quimicamente diferentes.
Aparentemente as nanoesferas se acumulam nos vasos sanguíneos frágeis dos tumores, liberando sua carga de forma controlada e sustentada, conforme as paredes das nanoesferas e sua estrutura interior quebram-se na corrente sanguínea.

Imunoterapia

Nestes experimentos iniciais, os NLGs continham dois componentes: uma droga inibidora que ataca uma defesa particularmente potente do câncer chamada fator de crescimento transformador-beta (TGF-beta), e a interleucina-2 (IL-2), uma proteína que induz o sistema imunológico a responder às ameaças em pontos específicos.

A capacidade de empacotar dois tipos completamente diferentes de moléculas - grandes proteínas solúveis em água, como a IL-2, e pequenas moléculas hidrofóbicas, como o inibidor de TGF-β - em um mesmo invólucro foi fundamental para o sucesso do tratamento.

Fonte: (http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=bionanotecnologia&id=7970)
Imagem: Nicolle Rager Fuller/NSF


 Ana Caroline Mendes de Arruda.


terça-feira, 21 de agosto de 2012

Vasos sanguíneos artificiais são criados com células-tronco Redação do Diário da Saúde

Vasos sanguíneos artificiais são criados com células-tronco
O processo de criação dos vasos sanguíneos artificiais a partir das células-tronco leva cerca de duas semanas, abrindo a possibilidade de desenvolvimento de enxertos personalizados para pacientes de doenças vasculares graves, a partir das células de sua própria pele.[Imagem: Shutterstock]

Implante vivo
Pela primeira vez, células-tronco foram usadas para criar um vaso sanguíneo artificial, totalmente funcional, fora do corpo humano.
Os cientistas do King's College, de Londres, usaram células pluripotentes induzidas, criadas a partir da pele humana.
Eles afirmam que a nova técnica, quando totalmente desenvolvida, poderá ser usada para restabelecer o fluxo sanguíneo em tromboses e embolias, ou para fornecer implantes vivos para substituir vasos danificados, como hoje é feito com as pontes safena ou mamária.
O tratamento também é promissor para evitar amputação em pacientes com circulação severamente afetada por alguma condição médica.
Riscos das células-tronco
Terapias com células-tronco apresentaram-se inicialmente como promissoras, mas sua eficácia até o momento é mínima, com alguns tipos de células-tronco tornando-se um tumor depois de serem introduzidas no corpo.
Os cientistas partiram então para usar as células-tronco, desenvolvidas a partir de fibroblastos (células da pele), na criação de vasos sanguíneos do lado de fora do corpo.
Sua expectativa é que isso evite o surgimento dos tumores, uma vez que o vaso sanguíneo artificial só será implantado quando totalmente desenvolvido.
O processo é diferente de um outro teste realizado recentemente nos EUA, quando médicos injetaram células-tronco do próprio paciente para auxiliar na recuperação do coração após um infarto.
Implante personalizado
O processo de desenvolvimento de células vasculares a partir de células da pele levou duas semanas, abrindo a possibilidade de transformar células do próprio paciente em vasos sanguíneos artificiais para atendimento às suas necessidades de implante.
Os pesquisadores afirmam que o passo seguinte será testar os vasos sanguíneos artificiais em pacientes com doenças vasculares.
"Este é um estudo inicial e mais pesquisas precisam ser feitas sobre como esta abordagem funcionará nos pacientes, mas o objetivo é injetar células reprogramadas em áreas com problemas no fluxo sanguíneo, ou mesmo fazer um enxerto de um vaso sanguíneo inteiramente novo para o tratamento de doenças cardiovasculares graves," disse o Dr. Qingbo Xu, um dos autores do estudo.
Caroline Machado de Oliveira

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Mitocôndrias podem estar na origem da doença de Parkinson

A descoberta contraria algumas das teses científicas mais recentes sobre as causas de uma das patologias neurodegenerativas mais comuns em todo o mundo.

Com informações de Catarina Amorim

Disfunção nas mitocôndrias

Uma equipe de cientistas da Universidade de Coimbra, em Portugal, identificou um novo mecanismo presente na origem da doença de Parkinson.

A descoberta, feita pela pesquisadora Daniela Moniz Arduíno, contraria algumas das teses científicas mais recentes sobre as causas de uma das patologias neurodegenerativas mais comuns em todo o mundo.

Os resultados revelam que a disfunção da mitocôndria - responsável pela produção de energia nas células - é a grande responsável pelo aparecimento da doença.

O estudo publicado na revista de referência mundial Human Molecular Genetics

Tráfego intracelular

Os pesquisadores portugueses demonstraram, pela primeira vez, em estudos ex-vivo (com células de doentes de Parkinson), que a deficiência no tráfego intracelular (autoestradas celulares) é provocada pela disfunção das mitocôndrias dos doentes.

"Analisamos toda a via e verificamos que, na doença de Parkinson, a disfunção mitocondrial é o evento que está na base de uma autofagia deficiente - mecanismo através do qual ocorre a degradação de organelas disfuncionais e de proteínas danificadas, lixo biológico que se vai acumulando ao longo do envelhecimento e que se não for eliminado leva à morte das células," explica a professora Sandra Morais Cardoso, coautora da pesquisa.

Segundo ela, esta descoberta fornece novas pistas importantes para o desenvolvimento de futuros fármacos que previnam a interrupção do tráfego e, deste modo, assegurem o normal transporte intracelular, que se processa ao longo de todo o neurônio, desde o núcleo até os terminais sinápticos.

"Verificamos que, por si só, a autofagia não poderá ser utilizada como alvo terapêutico após o diagnóstico, sendo por isso necessário desenvolver abordagens terapêuticas que, simultaneamente, promovam a autofagia e restaurem o tráfego celular," diz a professora.


Autofagia

O processo autofágico tem duas componentes distintas, assumindo, por um lado, o papel de controle de qualidade das células e, por outro, transformando - durante o jejum prolongado - os elementos da célula em nutrientes para prolongar a preservação do organismo.

Com isto em mente, os pesquisadores estudaram todo o processo autofágico e verificaram que, na doença de Parkinson, a sua ativação pode ser prejudicial.

Identificado o novo mecanismo responsável pela origem da doença de Parkinson, agora "o nosso desafio é estudar e perceber como é que a disfunção da mitocôndria leva à desestabilização das autoestradas celulares," conclui Sandra.

Fonte :http://unisite.com.br/Saude/32936/Mitocondrias-podem-estar-na-origem-da-doenca-de-Parkinson.xhtml

Caroline Machado de Oliveira

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Mitocôndrias

Do grego (mito = filamento, chondrion = partícula), o nome tem mais relação com as possíveis formas assumidas pela mitocôndria do que com a sua finalidade. É uma organela de ...
  • diâmetro entre 0,5 e 1,0 µm (micrômetro = milhonésimo de metro) 
  • comprimento variável, de 0,5 µm (cél. secretora de esteróides) a 8 ou 10 µm (cél. muscular esquelética).
        Presente em todas as células eucarióticas, a mitocôndria converte a energia derivada dos combustíveis químicos em energia armazenada sobre a forma de ATP (adenosina trifosfato). A mitocôndria permite uma maior extração de energia da molécula de glicose; estima-se que a fosforilação oxidativa produza mais de 2 x 1026 moléculas de ATP por dia no homem 
.http://www.icb.ufmg.br/~biocelch/mitocondria/mitocondria.html 



Mitocôndrias: Centrais de Energia da Célula
  • Pestaneja.
  • Respira.
  • Mexe os dedos dos pés. Estes movimentos sutis – tal como as múltiplas reações químicas que ocorrem dentro dos organelos – necessitam de grandes quantidades de energia celular. A maior fonte de energia no teu corpo é uma pequena molécula denominada ATP ou adenosina-trifosfato.
TAMANHO REAL (MÉDIA)TAMANHO PERCEBIDO QUANDO AMPLIADO 3 MILHÕES DE VEZES
Comprimento da mitocôndria: Tipicamente 1-2 micrômetros, mas podendo atingir 7 micrômetros de comprimento5,5 metros




ACUMULAÇÕES DE ENERGIA ESPIRITUAL
        Por intermédio das mitocôndriasque podem ser consideradas acumulações de energia_espiritual, em forma de grânulos, assegurando a atividade celular, a mente transmite ao carro_físico a que se ajusta, durante a encarnação, todos os seus estados felizes ou infelizes, equilibrando ou conturbando o ciclo de causa_e_efeito das forças por ela própria libertadas nos processos endotérmicos, mantenedores da biossíntese.
        Nessa base, dispomos largamente dos anticorpos e dos múltiplos agentes imunológicos cunhados pela governança do Espírito, em favor da preservação do corpo, de acordo com as multimilenárias experiências adquiridas por ele mesmo, na lenta e laboriosa viagem a que foi constrangido nas faixas inferiores da Natureza.(Ver: Mente e Psicossoma)
        Da mesma sorte, possuímos, funcionando automaticamente ...
  • a secretina, 
  • a tiroxina, 
  • adrenalina
  • a luteína, 
  • a insulina, 
  • a foliculina, 
  • os hormônios gonadotrópicos 
  • e unidades outras, entre as secreções internas, à guisa de aceleradores excitantesmoderadores ereatorestransformadores calmantes das atividades químicas nos vários departamentos de trabalho em que se subdivide o Estado Fisiológico.

     Mitocôndria - s.f. Grânulo isolado ou bastonete que representa um dos elementos do condrioma citoplasmáticodas células vivas.  As mitocôndrias têm ...
    • biocatalisadores, 
    • enzimas 
    • e vitaminas. 
            Subdividem-se em:
    • condriossomos [formas granulares] 
    • e condriocantes ou condriomites [formas filamentosas]  Mitocôndrias ( Casas de força da célula ) - Todas as atividades celulares consomem energia. Para sustentar , as células são dotadas de verdadeiras usinas energéticas: AS MITOCÔNDRIAS.
             As mitocôndrias são pequenos bastonetes membranosos (lipoproteica), que flutuam dentro do citoplasma. Dentro delas existem uma complexa maquinaria química, capaz de liberar a energia contida nos alimentos que a célula absorve. Isso acontece da seguinte forma: as substancias nutritivas penetram nas mitocôndrias, onde reagem com o gás oxigênio, em um processo comparável à queima de um combustível. Essa reação recebe o nome de respiração celular. A partir daí é produzido energia em forma de ATP  (adenosina trifosfato).
       
      Funções da Mitocôndria:
      • Produção de Energia;
      • Respiração Celular através do Ciclo de Krebs e da Cadeia Respiratória.
      Origem das Mitocôndrias:
              Durante os anos oitenta, Lynn Margulis propôs a teoria da endosimbiose para explicar a origem das mitocôndrias e cloroplastos de procariontes. De acordo com esta ideia, um procarionte maior engolfou ou cercou um procarionte menor há uns 1.5 bilhão ou 700 milhões de anos atrás.
              Em vez de digerir o organismo menor, o grande e o pequeno entraram em um tipo de simbiose conhecido como mutualismo, em que ambos os organismos se beneficiam e nenhum é danificado. O organismo maior ganhou excesso de ATP (adenosina trifosfato) fornecido pela "protomitocôndria" e açúcar em excesso fornecidos pelo " protocloroplasto ", enquanto fornecia um ambiente estável e as matérias-primas que o endosimbionte requeria. Esta relação é tão forte que agora células de eucarionte não podem sobreviver sem mitocôndria (igualmente eucariontes fotossintéticos não podem sobreviver sem cloroplastos), e os endosimbiontes não podem sobreviver fora dos anfitriões. Quase todos eucariontes têm mitocôndria.
      Dentro da célula muscular típica há as mitocôndrias que (segundo Astrand, 1980) captam oxigênio; são corpos em forma de bastão, circundados por uma membrana dupla que representa a “casa da força” da célula. Aqui o combustível e o oxigênio entram nos processos geradores de energia, resultando na formação de ATP (adenosina trifosfato) que é o mais abundante acumulador usado pela célula.
      Prof. Jacintho F. Targa (falecido) 
       R. Coronel André Belo, 603 -  90050 – Porto Alegre – RS
      CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA SANTA CATARINA: http://www.crefsc.org.br


      Caroline Machado de Oliveira

terça-feira, 14 de agosto de 2012

A escala do universo

Este é um interessante site interativo que contrasta o tamanho de objetos, lugares, seres e até planetas com as organelas e estruturas microscópicas presentes no universo. É possível ler algumas curiosidades clicando nos objetos e através do aumento ou redução do zoom é que eles vão aparecendo.

http://htwins.net/scale2/index.html

Fernanda Carolina da Silva

Um exemplo de neurônio

Pesquisadores brasileiros transformam células da pele de paciente esquizofrênico em neurônios e criam novo modelo para estudar o distúrbio. Trabalho facilitará o teste de novas drogas e o desenvolvimento da medicina personalizada

Um exemplo de neurônio
Neurônios reprogramados a partir de células (sadias) da pele de paciente esquizofrênico apresentaram características similares a de células do sistema nervoso afetadas pelo distúrbio. (foto: Bruna Paulsen/ Lance-UFRJ


  Até hoje, o estudo dos mecanismos moleculares envolvidos na esquizofrenia, que afeta 1% da população mundial, era limitado à análise do tecido nervoso de pacientes esquizofrênicos falecidos e testes de ressonância magnética. Mas uma pesquisadesenvolvida por cientistas brasileiros acaba de mudar esse cenário, abrindo as portas para uma melhor compreensão desse distúrbio mental.  Os pesquisadores do Laboratório Nacional de Células-Tronco Embrionárias (Lance) da Universidade Federal do Rio de Janeiro, coordenado pelo biólogo e colunista da CH On-line Stevens Rehen, conseguiram transformar células da pele de um paciente com esquizofrenia em células do sistema nervoso e identificar características dessa doença que não estão presentes em células sadias.

  “Levamos a célula da pele a se transformar em um neurônio, mas as análises foram feitas com progenitoras neurais, que são uma espécie de estágio anterior aosneurônios”, explica a bióloga Renata de Moraes Maciel, pós-doutora do Lance e uma das duas principais autoras do artigo, que já foi aceito para publicação na revista científica Cell Transplantation.


Oxigênio demais

  A equipe do Lance constatou que essas progenitoras neurais consumiam o dobro deoxigênio do que células sadias. Como consequência, elas também apresentavam grande volume de espécies ativas de oxigênio, capazes de danificar os constituintes celulares.

  Ela acrescenta que o excesso de oxigênio e espécies ativas não está presente nos fibroblastos, as células da pele usadas originalmente, nem nas células-tronco pluripotentes, o estágio anterior às progenitoras neurais.“Essa abundância de espécies ativas também ocorre nos neurônios dos pacientes esquizofrênicos e quando usamos ácido valproico, um estabilizador de humor, ela retorna a níveis normais”, conta a biomédica Bruna da Silveira Paulsen, doutoranda do Lance e a outra autora principal do artigo.

  “Isso mostra que conseguimos duplicar a etapa inicial da patologia. Criamos ummodelo que pode agora ser usado para testar novas drogas e adaptar o tratamento para cada paciente, já que essas células têm o perfil do doador do fibroblasto”, completa a biomédica.


Rumo à medicina personalizada

  No estudo, a equipe do Lance usou a técnica de reprogramação celular criada em 2007 pela equipe do pesquisador japonês Shynia Yamanaka. Ela permite, com o uso de umvírus contendo genes específicos, que uma célula já diferenciada para funcionar comoum determinado tecido – como a pele – volte a um estado inicial de desenvolvimento no qual ela tem o potencial de se transformar em qualquer outro tipo celular.

  Ou seja, ela vira uma célula-tronco pluripotente (iPS, na sigla em inglês), similar a uma célula-tronco embrionária. “Outros grupos já usam essa técnica, inclusive comneurônios, mas nenhum havia observado ainda a questão das espécies ativas deoxigênio”, observa Maciel.

  “Queremos ainda entender a razão do excesso de espécies ativas de oxigênio: se éuma superatividade das proteínas que as produzem ou uma falha dos mecanismos que existem para corrigir esse fenômeno”, esclarece Paulsen.A equipe agora pretende aprofundar mais o estudo investigando vários aspectos dadescoberta. Os pesquisadores querem reprogramar fibroblastos de mais nove pacientes, estudar outras possíveis diferenças entre células sadias e as afetadas pela esquizofrenia e avançar na linha da medicina personalizada.

Fonte: Revista ciência hoje, por Fred Furtado - Ciência Hoje/ RJ

Postagem: Bruno Kubis



quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Doenças peroxissomais

No mínimo 17 doenças estão ligadas a disfunções dos peroxissomos, tendo 15 delas envolvimentos neurológicos. A síndrome cérebro-hepato-renal foi a primeira a ser descoberta e através dela foram demonstrados vários defeitos na biogênese dos peroxissomos e desde então aumentaram as atenções para esta organela. Tais doenças podem ser classificadas em dois grupos:

Doenças do grupo 1: os peroxissomos são produzidos em menor número, possuem uma estrutura anormal e suas proteínas não são importadas e degradadas no citoplasma. Ex:

  • Síndrome de Zellweger
  • Condrodisplasia puntata rizomélica

Doenças do grupo 2: causadas por defeito em uma única enzima peroxissomal. Ocorrência de acúmulo de substratos e falta dos seus respectivos produtos. Ex:

  • Adrenoleucodistrofia ligada ao cromossomo X
  • Pseudo síndrome de Zellweger
  • Hiperoxalúria tipo I
  • Acatalessemia



Amanda A. Cominese

Fonte: A célula 2007 p. 232

terça-feira, 7 de agosto de 2012


A Diabetes mellitus é uma doença que atinge cerca de 12% da população brasileira, além de inúmeras outras pessoas em todo o mundo. Até hoje não foi encontrado a sua cura, sendo conhecidas apenas maneiras de controlá-la.
A doença define-se como uma deficiência na produção de insulina ou também por falha nos receptores deste hormônio, o qual é produzido pelas células beta do pâncreas e é responsável pelo metabolismo da glicose presente no sangue. Isso causa o acúmulo de tal substância no organismo gerando diversos problemas como: dificuldade de coagulação, infarto cardíaco, derrame cerebral, insuficiência renal e até mesmo a cegueira.
Nos casos de grau ligeiramente elevado da doença, o paciente corre o risco de ter um pico de glicemia repentinamente e que pode levá-lo a óbito caso não forem tomadas providências imediatas. Por esse motivo o indivíduo passa a ter problemas para dormir e fazer outras atividades cotidianas, de modo que ocorre uma enorme queda em sua qualidade de vida.
O método mais comumente utilizado no tratamento da patologia é o uso diário de injeções de insulina, porém ele é muito doloroso para seus usuários. Sendo assim, estão sendo desenvolvidos outros tipos de tratamentos, dentre os quais um vem tendo destaque: o transplante de ilhotas (tecido produtor de insulina, presente no pâncreas).
A partir de um pâncreas saudável é feito um longo processo laboratorial, de modo que se retire dele apenas as ilhotas que passarão por um encapsulamento para que não sofra rejeição no organismo receptor e em seguida são implantadas no fígado do paciente que passará a ter uma produção normal de insulina.
Esse procedimento ainda está em fase de testes, porém os primeiros pacientes a utilizá-lo já apresentaram uma grande melhora na qualidade de vida. Aqueles que viviam em estado contínuo de alerta passaram a ter possibilidade de levar uma vida mais tranquila e com melhor qualidade.
Maria Carolina C. Albaricci
Por: Carolina Adele Balsano



Terça- feira 7 de agosto de 2012 Proteína na saliva de carrapato poderá combater o câncer

Com informações da Agência Brasil

Além da
 febre maculosa, o carrapato-estrela pode causar uma reação alérgica à ingestão  carne vermelha, com risco de vida para o paciente.[Imagem: Wikipedia/CDC/Christopher Paddock/James Gathany]
Proteína na saliva de carrapato destrói células do câncer

Carrapato-estrela
Uma proteína encontrada na saliva do carrapato-estrela (Amblyomma cajennense) pode reduzir tumores cancerígenos.
A conclusão é de cientistas do Instituto Butantan, em São Paulo.
O estudo incluiu avaliações em laboratório de células dos cânceres de pâncreas, renal e melanoma.
Anticoagulante
Segundo Ana Maria Tavassi, coordenadora do estudo, o objetivo original da pesquisa era estudar a capacidade anticoagulante na saliva do animal, o que permite que ele sugue o sangue da vítima.
O carrapato-estrela é transmissor da febre maculosa.
Contudo, análises posteriores mostraram que a proteína também age diretamente nas células.
"Fizemos estudos em células normais e tumorais. A proteína não exercia ação em células normais, mas tinha uma atividade capaz de matar as células tumorais", explicou ela.
A seguir, a equipe realizou testes em animais de laboratório, quando se repetiram os resultados positivos.
Testes pré-clínicos 
Agora, eles passarão aos chamados testes pré-clínicos, que visam garantir que a proteína não possua alguma toxicidade para o ser humano.
Só depois poderão ser iniciados os testes clínicos, em humanos.
"Quando você anuncia uma molécula com essa natureza, as pessoas que estão precisando ficam com uma expectativa muito grande, mas é preciso entender que, obrigatoriamente, ela tem que passar por todas essas fases de teste", ressaltou a pesquisadora.

domingo, 5 de agosto de 2012


Estudos acham células-tronco em câncer

Próximo desafio dos pesquisadores é desenvolver droga capaz de destruir apenas essas unidades-alvo



Por que um câncer pode voltar a crescer após um tratamento aparentemente bem-sucedido? Cientistas que assinam três trabalhos publicados ontem indicam que a chave do problema está nas células-tronco tumorais.
Nesses estudos, dois editados pela revista científica "Nature" e um pela "Science", camundongos geneticamente modificados para que suas células-tronco ficassem coloridas e para que tivessem câncer foram usados para mostrar que é esse tipo de célula que comanda o processo de crescimento do tumor.
Por meio das marcações coloridas, um dos estudos traçou a "descendência" das células, que formam outras em um tumor de pele. Em outro estudo, feito com camundongos com glioblastoma (tumor cerebral agressivo), a atuação das células-tronco foi confirmada por meio do uso de tratamentos.
Primeiro, os animais receberam uma droga de quimioterapia que é usada hoje contra esse tipo de tumor. O câncer diminuiu, mas voltou a crescer. Por meio de imagens de amostras desses tumores, os cientistas viram que as células-tronco estavam por trás da recidiva. Os camundongos também foram tratados com um medicamento desenvolvido só para eles e que mata essas células-tronco. Dessa vez, o tumor foi erradicado.
De acordo com o biólogo Tiago Góss dos Santos, pesquisador do Hospital A.C. Camargo, os estudos dão força à ideia de que uma célula-tronco, quando se torna cancerosa, dá origem aos vários tipos de célula que compõem um tumor.

Com hierarquia
O outro modelo, que antes era mais aceito, era de que não haveria uma hierarquia: todas as células do câncer seriam igualmente responsáveis pelo seu crescimento.
"Já foi visto que a maioria das células mortas pela quimioterapia são as já diferenciadas [que não são células-tronco]. Ainda que mate 90% das células, o tratamento não está eliminando a parte do tumor que o faz crescer."
O oncologista Bernardo Garicochea, responsável por ensino e pesquisa no Hospital Sírio-Libanês, afirma que, agora, é preciso investigar mais a fundo a resistência dessas células à químio.  "Nosso corpo não 'liga' muito para células mais velhas, que serão logo descartadas em favor de novas. Com o tumor, é a mesma coisa: o que 'importa' é manter a capacidade de regeneração."
Em seu estado normal, as células-tronco, que estão presentes por todo o nosso organismo, têm funções importantes na regeneração, dando origem a novas células.  Para o oncologista, um próximo passo a ser dado é analisar em detalhes essas células-troncos tumorais para que seja possível criar drogas específicas para elas, que não afetem as células-tronco normais e necessárias.
A presença maior ou menor dessas células em um tumor também pode vir a mudar a classificação do potencial de risco da doença.
O papel das células-tronco nos tumores, no entanto, ainda está longe de ser um consenso, segundo o biólogo Tiago dos Santos. O tema será debatido em um encontro aberto ao público com pesquisadores no Hospital A.C. Camargo no próximo dia 29.

Melyssa Gutierrez Kapp

sábado, 4 de agosto de 2012

Radioterapia



A radioterapia é um método capaz de destruir células tumorais, empregando feixe de radiações ionizantes. Uma dose pré-calculada de radiação é aplicada, em um determinado tempo, a um volume de tecido que engloba o tumor, buscando erradicar todas as células tumorais, com o menor dano possível às células normais circunvizinhas, à custa das quais se fará a regeneração da área irradiada.
As radiações ionizantes são eletromagnéticas ou corpusculares e carregam energia. Ao interagirem com os tecidos, dão origem a elétrons rápidos que ionizam o meio e criam efeitos químicos como a hidrólise da água e a ruptura das cadeias de ADN. A morte celular pode ocorrer então por variados mecanismos, desde a inativação de sistemas vitais para a célula até sua incapacidade de reprodução.

A resposta dos tecidos às radiações depende de diversos fatores, tais como a sensibilidade do tumor à radiação, sua localização e oxigenação, assim como a qualidade e a quantidade da radiação e o tempo total em que ela é administrada.

Para que o efeito biológico atinja maior número de células neoplásicas e a tolerância dos tecidos normais seja respeitada, a dose total de radiação a ser administrada é habitualmente fracionada em doses diárias iguais, quando se usa a terapia externa.


Radiossensibilidade e radiocurabilidade
A velocidade da regressão tumoral representa o grau de sensibilidade que o tumor apresenta às radiações. Depende fundamentalmente da sua origem celular, do seu grau de diferenciação, da oxigenação e da forma clínica de apresentação. A maioria dos tumores radiossensíveis são radiocuráveis. Entretanto, alguns se disseminam independentemente do controle local; outros apresentam sensibilidade tão próxima à dos tecidos normais, que esta impede a aplicação da dose de erradicação. A curabilidade local só é atingida quando a dose de radiação aplicada é letal para todas as células tumorais, mas não ultrapassa a tolerância dos tecidos normais. 



Indicações da radioterapia
Como a radioterapia é um método de tratamento local e/ou regional, pode ser indicada de forma exclusiva ou associada aos outros métodos terapêuticos. Em combinação com a cirurgia, poderá ser pré-, per- ou pós-operatória. Também pode ser indicada antes, durante ou logo após a quimioterapia.

A radioterapia pode ser radical (ou curativa), quando se busca a cura total do tumor; remissiva, quando o objetivo é apenas a redução tumoral; profilática, quando se trata a doença em fase subclínica, isto é, não há volume tumoral presente, mas possíveis células neoplásicas dispersas; paliativa, quando se busca a remissão de sintomas tais como dor intensa, sangramento e compressão de órgãos; e ablativa, quando se administra a radiação para suprimir a função de um órgão, como, por exemplo, o ovário, para se obter a castração actínica.


Fontes de energia e suas aplicações
 
São várias as fontes de energia utilizadas na radioterapia. Há aparelhos que geram radiação a partir da energia elétrica, liberando raios X e elétrons, ou a partir de fontes de isótopo radioativo, como, por exemplo, pastilhas de cobalto, as quais geram raios gama. Esses aparelhos são usados como fontes externas, mantendo distâncias da pele que variam de 1 centímetro a 1 metro (teleterapia). Estas técnicas constituem a radioterapia clínica e se prestam para tratamento de lesões superficiais, semiprofundas ou profundas, dependendo da qualidade da radiação gerada pelo equipamento.
Os isótopos radioativos (cobalto, césio, irídio etc.) ou sais de rádio são utilizados sob a forma de tubos, agulhas, fios, sementes ou placas e geram radiações, habitualmente gama, de diferentes energias, dependendo do elemento radioativo empregado. São aplicados, na maior parte das vezes, de forma intersticial ou intracavitária, constituindo-se na radioterapia cirúrgica, também conhecida por braquiterapia.
No quadro abaixo estão relacionadas as diversas fontes usadas na radioterapia e os seus tipos de radiação gerada, energias e métodos de aplicação.

FonteTipo de radiaçãoEnergiaMétodo de aplicação
ContatoterapiaRaios X (superficial)10 - 60 kVTerapia superficial
RoentgenterapiaRaios X (ortovoltagem)100 - 300 kVTerapia semiprofunda
Unidade de cobaltoRaios gama1,25 MeVTeleterapia profunda
Acelerador linearRaios X de alta energia e elétrons*1,5 - 40 MeVTeleterapia profunda
Isótopos radioativosRaios gama e/ou betaVariável conforme o isótopo utilizadoBraquiterapia
* Os feixes de elétrons, na dependência de sua energia, podem ser utilizados também na terapia superficial
As unidades internacionalmente utilizadas para medir as quantidades de radiação são o röentgen e o gray. O röentgen (R) é a unidade que mede o número de ionizações desencadeadas no ar ambiental pela passagem de uma certa quantidade de radiação. Já o gray expressa a dose de radiação absorvida por qualquer material ou tecido humano. Um gray (Gy) corresponde a 100 centigrays (cGy).


Efeitos adversos da radioterapia
Normalmente, os efeitos das radiações são bem tolerados, desde que sejam respeitados os princípios de dose total de tratamento e a aplicação fracionada.

Os efeitos colaterais podem ser classificados em imediatos e tardios.
Os efeitos imediatos são observados nos tecidos que apresentam maior capacidade proliferativa, como as gônadas, a epiderme, as mucosas dos tratos digestivo, urinário e genital, e a medula óssea. Eles ocorrem somente se estes tecidos estiverem incluídos no campo de irradiação e podem ser potencializados pela administração simultânea de quimioterápicos. Manifestam-se clinicamente por anovulação ou azoospermia, epitelites, mucosites e mielodepressão (leucopenia e plaquetopenia) e devem ser tratados sintomaticamente, pois geralmente são bem tolerados e reversíveis.
Os efeitos tardios são raros e ocorrem quando as doses de tolerância dos tecidos normais são ultrapassadas. Os efeitos tardios manifestam-se por atrofias e fibroses. As alterações de caráter genético e o desenvolvimento de outros tumores malignos são raramente observados.
Todos os tecidos podem ser afetados, em graus variados, pelas radiações. Normalmente, os efeitos se relacionam com a dose total absorvida e com o fracionamento utilizado. A cirurgia e a quimioterapia podem contribuir para o agravamento destes efeitos.
Fonte: Controle do Câncer: uma proposta de integração ensino-serviço. 2 ed. rev. atual. - Rio de Janeiro: Pro-Onco. 1993.

Parte do tratamento do câncer na laringe do presidente Lula foi feita com radioterapia.
Meu avô foi curado do câncer de próstata com mesmo tratamento.

Cassyus Ilkiu

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Planta do nordeste pode ser a chave para o tratamento da Esclerose Múltipla

Uma das doenças degenerativas mais implacáveis do mundo pode não ser párea para o avelóz, planta milagreira das regiões Norte e Nordeste. Testes em camundongos têm sido extremamente bem-sucedidos

por João Mello
Editora Globo
O futuro do tratamento da Esclerose Múltipla pode passar por esses arbustos //Crédito: Divulgação
Uma planta típica do nordeste pode mudar os rumos do tratamento da Esclerose Múltipla. Apesar de ser cedo para alardear uma revolução terapêutica, a descoberta feita por um grupo de pesquisadores brasileiros pode ser comemorada como uma das melhores notícias dos últimos anos para portadores da doença e seus familiares.
A grande sacada da pesquisa atende pelo nome de avelóz, uma plantinha conhecida tradicionalmente no Norte e Nordeste por seus poderes milagreiros e que de uns tempos pra cá começou a ganhar a atenção formal de cientistas. O estudo foi publicado na renomada publicação  Biochemical Pharmacology e está sendo capitaneado pelos pesquisadores Prof. Dr. Rafael Cypriano Dutra e Prof. Dr. João Batista Calixto, ambos da Universidade Federal de Santa Catarina, além do Dr. Luiz Francisco Pianowski, do laboratório Kyolab.
A pesquisa começou há dois anos e seus resultados são bem promissores. “Nós demonstramos que o euphol inibe significativamente o desenvolvimento da Esclerose Múltipla em camundongos quando administrado por via oral. Além disso, nós descobrimos que ele (o euphol) bloqueia seletivamente as células que induzem a doença. Conseqüentemente, os animais tratados com o euphol não apresentam os sinais clínicos da doença”, afirma o Dr. Rafael Cypriano. O tal do euphol vem de Euphorbia tirucalli nome científico da avelóz. Ele é o componente que, quando isolado, combate a doença.
A EM não tem cura e ninguém sabe ao certo o que causa o problema. Mas não há mistério sobre o mal que ela causa: a Esclerose Múltipla é uma doença cruel. A lista de sintomas mais comuns dá uma vaga noção disso: dificuldade de locomoção, perda de coordenação motora, tonturas, disfunções sexuais, distúrbios esfincterianos e fadiga. A crueldade ganha um aspecto ainda mais traumático quando aliada aos aspectos psicológicos da doença: cerca de 65% dos pacientes sofrem de déficit de atenção e perda de memória, quase sempre acompanhados de um sentimento de ansiedade e depressão. A Esclerose Múltipla atinge 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo. “A doença acomete, principalmente, indivíduos brancos, na faixa etária entre 20 e 40 anos e com forte predomínio sobre o sexo feminino”, diz o Dr. Rafael. No Brasil, há 15 casos para cada 100 mil habitantes. Em alguns países do Hemisfério Norte esse número sobe para 100 ocorrências a cada 100 mil pessoas.
Hoje em dia, uma pessoa com Esclerose Múltipla não gasta menos de 5 mil reais por mês para se tratar, o que “dificulta a adesão dos pacientes”, nas palavras do Dr. Rafael. Ou seja: pouca gente tem grana suficiente para se tratar decentemente. Quando perguntado se a descoberta pode tornar o tratamento mais acessível, o pesquisador prefere a cautela: “No momento da nossa pesquisa, nós não temos como estimar um valor comercial para o euphol”. A burocracia que separa a descoberta de um remédio em potencial e as prateleiras da farmácia costuma gerar um período de 10 ou até 15 anos de espera. Enquanto isso, aumenta a esperança de dias melhores para os pacientes que sofrem com o problema. 
Autor: Felipe Augusto B. Biscaia


Postado por : Caroline Machado de Oliveira